Papaléo: restrição ao porte de armas é primeiro passo para diminuição da violência



O senador Papaléo Paes (PMDB-AP), alertou, nesta quarta-feira (3), para o aumento dos índices de violência no país e defendeu a aprovação de projeto que restringe o porte de armas de fogo. Além disso, ele sugeriu que devem ser adotados meios mais eficientes de fiscalização e punição dos criminosos.

Papaléo citou os gastos feitos pelo Brasil com segurança pública, informando que em 2002 os governos federal e estaduais gastaram cerca de R$ 47 bilhões para combater a violência, enquanto empresas e cidadãos comuns gastaram outros R$ 55 bilhões - o que chega a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

- As questões ligadas à segurança pública, tanto no setor urbano quanto no rural, representam expressivamente um impacto brutal na economia do país. A tragédia se agrava pelo fato de sabermos que, com tais recursos à disposição, inúmeras necessidades básicas dos cidadãos poderiam ter sido satisfeitas - disse Papaléo.

O senador afirmou que o aumento do tráfico de armas tem influência decisiva nos índices alarmantes de violência. Estudo do Exército citado pelo senador indica a enorme dificuldade do país para coibir a entrada de armas. O estudo aponta a vulnerabilidade das fronteiras amazônicas e na Região Sul.

- A situação não é melhor quando se trata de fiscalizar nossos portos marítimos, uma vez que a presença da Polícia Federal é rarefeita e somos notoriamente carentes de uma guarda costeira que seja capaz de zelar pelo nosso extenso litoral - disse.

Outro ponto abordado pelo senador é o fato de a violência atingir principalmente a camada mais jovem da população, exatamente a mais sujeita ao desemprego.

- Cidadãos brasileiros, armados até os dentes, são aqueles que estão a nos colocar no eminente perigo de nos ferir e nos matar com banalidade assustadora. Arsenal e munição não faltam - frisou.



03/09/2003

Agência Senado


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