Para Renan, restrição de armas é primeiro passo contra a criminalidade
Autor de um dos projetos sobre o assunto, o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), defendeu a proposta que restringe o porte e a comercialização de armas de fogo, dizendo que o país viverá -um grande dia- com sua aprovação pelo Senado. Ele disse estar ciente que a nova legislação não vai eliminar a criminalidade, mas ela é o -primeiro grande passo- a ser dado.
Renan, que em seu projeto sugeria a proibição total da venda de armas de fogo, elogiou o consenso em torno do substitutivo resultante das discussões da comissão mista que discutiu o assunto. Ele destacou as iniciativas dos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, deputado João Paulo Cunha, e das Comissões de Constituição e Justiça do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), e da Câmara, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para viabilizar a proposta analisada pelo Senado nesta quarta-feira (23).
- Se acabarmos com as armas de fogo acabaremos com o crime imotivado. Em 83% dos casos os crimes acontecem por motivos fúteis. Num bar, num campo de futebol, na rua, em casa, entre membros da mesma família, as pessoas discutem e, se não houvesse a arma, não teríamos um desfecho fatal. Sem a arma de fogo esse crime desaparecerá - disse o senador. Para ele, haverá menos crimes com arma de fogo, já que o Brasil, com 2,78% da população mundial, registra 13% dos crimes desse tipo no planeta.
Na opinião de Renan, a criação da comissão mista, que analisou 50 projetos sobre o assunto em tramitação na Câmara e outros oito no Senado, foi fundamental para que o Congresso pudesse avançar no tema, assim como a iniciativa da CCJ do Senado de criar a Subcomissão de Segurança Pública, presidida pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O líder do PMDB ressaltou ainda a importância da proposta de realizar consulta popular sobre a proibição de comercializar armas de fogo em outubro de 2005.
23/07/2003
Agência Senado
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