Parlamento do Mercosul aprova declaração pelo fim do protecionismo agrícola
O Parlamento do Mercosul, em sua terceira sessão, realizada nesta segunda-feira (25) em Montevidéu, Uruguai, aprovou duas declarações. A primeira, de iniciativa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), para dar apoio às posições assumidas pelos negociadores dos países membros do bloco na Organização Mundial do Comércio (OMC), com vista à liberalização do mercado agrícola e à obtenção de acordos comerciais "equilibrados e justos".
- Para Mercadante, "a declaração demonstra a unanimidade dos parlamentares [do Mercosul] em apoiar a posição dos negociadores". Ele explica que, quando a Organização Mundial do Comércio foi instituída, houve o compromisso dos países ricos de reduzir subsídios à agricultura e barreiras à entrada de produtos agrícolas dos países mais pobres. Segundo o senador, desde o início da OMC, os países pobres abriram seus mercados em proporção duas vezes maior que os países ricos, que agora não querem conceder a contrapartida prometida.
- Os parlamentares de todos os países do Mercosul exatamente estão denunciando essa atitude, fortalecendo a nossa diplomacia e mostrando a nossa coesão na defesa do interesse dos povos da América Latina - afirmou Mercadante.
Malvinas
O parlamento regional também aprovou declaração proposta pela delegação argentina com um apelo ao Reino Unido para que retome o diálogo com a Argentina sobre a soberania das Ilhas Malvinas, motivo da guerra entre os dois países em 1982. O texto da moção pede uma rápida solução para a questão "em conformidade com as resoluções das Nações Unidas e com as declarações da Organização dos Estados Americanos". A declaração foi aprovada de pé e sob aplausos.
- Felizmente, sabemos que nossas nações irmãs da América Latina apóiam nossa reivindicação de encontrar uma solução a essa controvérsia - disse o deputado argentino Alfredo Atanasof.
Falando em nome da delegação brasileira, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que "esta é uma declaração muito importante, uma manifestação que marca o destino de nosso futuro".
- A realidade das Malvinas é uma questão de honra não apenas para a Argentina, mas para toda a América, um resquício do velho império colonial - afirmou o senador.
25/06/2007
Agência Senado
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