Patrocínio quer que detentos de boa condição financeira paguem por sua permanência nos presídios



O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) defendeu o ressarcimento, ao Estado, das despesas que os presos causam por sua permanência nos presídios quando o detento tiver boa situação financeira. Como exemplo desse tipo de preso, Patrocínio citou condenados de colarinho branco, banqueiros do jogo do bicho e envolvidos com o narcotráfico.

Segundo Patrocínio, as despesas dos presidiários com alimentação, vestuário, tratamento médico e hospitalar se encontram no mesmo patamar dos gastos do Estado com os policiais. -Um preso, nos dias de hoje, custa cerca de quinhentos reais mensais aos cofres públicos. Nem todo policial recebe esse montante. Um estudante de ensino fundamental consome do governo apenas cinqüenta reais-, disse.

Ele lembrou haver detentos pobres e ricos, e é deste criminoso de situação financeira privilegiada que o senador pretende cobrar os gastos gerados por sua permanência nos presídios brasileiros. Patrocínio acredita que o dinheiro arrecadado possa ser usado na manutenção e melhoria dos estabelecimentos penais, bem como na construção de novas penitenciárias e colônias agrícolas.

Carlos Patrocínio apresentou, no primeiro semestre, projeto de lei prevendo esse tipo de ressarcimento de despesas ao Estado. O projeto está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.



13/09/2002

Agência Senado


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