Paulo Paim pede o fim do voto secreto
O senador Paulo Paim (PT-RS), em discurso nesta segunda-feira (12), mais uma vez pediu que o Legislativo acabe com o voto secreto. A seu ver, o combate à corrupção começa por aí, e é importante mostrar para a população como se posicionam os deputados e senadores em suas votações.
- Se não temos o que temer, não há motivo para não expressar no painel, de forma transparente, as nossas posições - disse.
De acordo com sua análise, o voto secreto faz sentido para a ditadura, para proteger os parlamentares de perseguições em caso de voto contrário aos interesses do governo, mas no estado democrático de direito não há argumento para que se continue a votar secretamente.
- Manter [o voto secreto] é caminhar ao lado da corrupção e da impunidade - afirmou.
O senador mencionou proposição de sua autoria, a PEC 50/06, que acaba com todas as formas de votação secreta, como já ocorre em assembléias, câmaras de vereadores e no Judiciário, conforme afirmou. Disse ainda que há proposição semelhante na Câmara dos Deputados, e que pouco importa qual vá adiante, desde que a modificação seja aprovada.
Paulo Paim também mencionou a realização de audiência pública, nesta terça-feira (13), para debater a inclusão do carvão mineral nas matrizes energéticas e a situação dos trabalhadores em decorrência do Leilão A-5 (A menos cinco), que ocorrerá daqui a alguns meses. Até agora, o carvão não foi incluído (para uso nas termelétricas movidas a carvão, por exemplo).
Foram convidadas 18 autoridades ligadas ao setor energético, como os presidentes das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), José da Costa Carvalho Neto e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner. A reunião ocorrerá na sala 3 da ala Alexandre Costa, a partir das 9h.
12/09/2011
Agência Senado
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