Presidente e ministro do STM defendem mudanças na proposta de reforma do Judiciário



O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Aldo Fagundes, e o tenente-brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla, ministro da corte militar, defenderam nesta quarta-feira (dia 28), em audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), mudanças na proposta de emenda constitucional de reforma do Judiciário aprovada na Câmara e em exame no Senado. Eles propõem a inclusão de um ministro do STM no Conselho Nacional de Justiça e a ocupação de uma das vagas do tribunal por juízes-auditores.

As duas modificações, conforme foi ressaltado por Ferolla, constam de emendas à PEC apresentadas na CCJ pelo senador Romeu Tuma (PFL-SP). Na opinião de Aldo Fagundes, os deputados não incluíram um ministro do STM no Conselho Nacional de Justiça porque, quando examinaram a matéria, a própria manutenção da Justiça Militar estava em discussão, como aconteceu também com a Justiça do Trabalho, ameaçada de extinção.

Assim como o Direito Penal Militar é antigo na estrutura jurídica do país, atualmente, segundo Fagundes, a Justiça Militar inscreve-se na tendência à especialização judicial. "A premissa é que temos vínculos óbvios com as Forças Armadas", explicou.

A Romeu Tuma, para quem as decisões da Justiça Militar estadual deveriam ser apreciadas pelo STM, Fagundes disse que a proposta é viável e deve ser analisada.

O STM é a mais antiga corte do país, fundado como Suprema Corte Militar de Justiça em 1º de abril de 1808, logo após a chegada de João VI, destacou Sérgio Ferolla, observando que Aldo Fagundes é o primeiro ministro eleito em dois séculos de existência da instituição. É também o primeiro civil a integrar a suprema corte militar, completou o presidente da CCJ, senador Bernardo Cabral (PFL-AM), que registrou a presença, na comissão, do almirante-de-esquadra Sérgio Pedrosa e do brigadeiro Querubim Rosa Filho.

28/03/2001

Agência Senado


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