Programas de Britto e Tarso equilibram propostas e críticas
Programas de Britto e Tarso equilibram propostas e críticas
Os coordenadores das campanhas de Tarso Genro (PT) e de Antônio Britto (PPS) ensaiam nova fase no horário eleitoral.
Desde ontem, os programas de rádio e TV dos candidatos que lideram as pesquisas passaram a dedicar mais espaço à apresentação de propostas, sem deixar de lado os ataques mútuos.
Farpas e críticas passaram a restringir-se a temas políticos e administrativos, como segurança, emprego e agricultura. Na noite de ontem, dirigentes das campanhas dos dois candidatos insistiam em atribuir ao outro lado a culpa pelo acirramento dos discursos.
O coordenador de comunicação da Frente Popular (PT-PC do B-PCB-PMN), Marcel Frisson, diz que o freio aos ataques foi decidido há mais de uma semana. O diretor dos programas de TV do PT, Carlos Gerbase, afirma que “a campanha de Britto não permitia investir em propostas”. Já o coordenador da campanha da coligação, José Eduardo Utzig, nega que tenha havido mudanças:
– Não mudamos quando caímos nas pesquisas e não mudaremos agora.
O coordenador da campanha do PPS, deputado federal Nelson Proença, ressalta que o partido não deixará de responder a ataques. Valdir Löeff, coordenador dos programas de Britto, diz que propostas e críticas ao atual governo sempre foram prioritárias, mas tiveram de ser deixadas de lado no momento em que o adversário passou a “atacar a honra de Britto”:
– A política dos ataques se esgotou, mas se atacarem, vão levar.
Germano Rigotto (PMDB) e Celso Bernardi (PPB) optaram por capitalizar o cansaço do eleitorado com o tiroteio entre Britto e Tarso. Há pelo menos uma semana, os dois se dedicam a rechaçar o festival de ataques. Nos programas de ontem, Rigotto comemorou o crescimento nas pesquisas, e Bernardi apresentou propostas para segurança.
Para o cientista político André Marenco, a estratégia dos principais candidatos prejudica as campanhas:
– A campanha no Estado causa aversão no eleitor.
A nova fase da campanha
ANTÔNIO BRITTO (PPS)
À tarde, no horário destinado a deputados estaduais, o programa de Britto levou ao ar o quadro Administrações Tá na Cara, com imitações do candidato do PT ao Piratini, Tarso Genro, e do governador Olívio Dutra. O programa relembra o projeto Pró-Leite, de Britto.
À noite, Britto acusou o atual governo de “brigar com quem cuida da segurança” e apresentou propostas para a área, como o “fim da interferência de partidos na segurança”.
TARSO GENRO (PT)
À tarde, o candidato do PT alertou o eleitor sobre a importância do voto. Disse que, de um lado, há uma proposta “que representa o atraso, a venda do patrimônio público e o abandono da agricultura e das empresas”. De outro, o projeto da Frente Popular.
No programa noturno, Tarso apresentou propostas para a agricultura, acusando o governo Britto de “desprezar” a capacidade de produção dos agricultores gaúchos.
CELSO BERNARDI (PPB)
O programa do candidato do PPB no horário da tarde reforçou a idéia de que o eleitorado tem o poder de “escolher pelo novo” e afirma que só o eleitor pode julgar quem está com a verdade. O cantor Gaúcho da Fronteira (D) fez participação especial.
No programa da noite, Bernardi apresentou propostas para a segurança, dizendo que cuidará pessoalmente da área se for eleito.
GERMANO RIGOTTO (PMDB)
Em seu programa da tarde, Rigotto divulgou o Manifesto aos Gaúchos, criticando a troca de acusações no horário eleitoral e se apresentando como melhor opção. Disse que o Estado assiste escandalizado às acusações, insinuações e críticas dos programas e afirma que esse comportamento rebaixa o nível da campanha.
À noite, o programa apresentou o candidato como “um homem que ouve”.
Patrícia pela primeira vez sozinha
Caminhada que ela comandou no centro de Porto Alegre congestionou a Rua da Praia
Mulher e principal cabo eleitoral do candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PPS), a atriz Patrícia Pillar parou a Rua da Praia ontem à tarde ao participar de uma caminhada com mulheres dos partidos que apóiam Antônio Britto (PPS) na disputa pelo governo do Estado.
Ela chegou de jatinho, sem Ciro, acompanhada somente de um assessor, de uma fotógrafa e da equipe de TV e ficou menos de duas horas em Porto Alegre.
Durante a caminhada, as militantes do PPS, do PDT, do PTB e do PFL gritaram, e algumas até choraram, ao ver de perto a atriz. Todas usaram lenços amarelos com o número 23 pintado em vermelho e repetiram os nomes de Ciro e Britto.
Patrícia cruzou o Centro cercada por seguranças em meio a um empurra-empurra, mas muito à vontade entre a mulher de Britto, Luciana Maydana, a ex-secretária da Educação Neuza Canabarro (PDT) e a organizadora do ato, a vereadora Clênia Maranhão (PPS).
No palanque improvisado na Praça da Alfândega, onde se encerrou a caminhada, iniciada na Praça Dom Feliciano, Patrícia conversou com Ciro pelo telefone celular antes de discursar para as mulheres. Tentou colocar a voz do candidato no microfone, mas não conseguiu e resolveu então repetir as palavras do marido para as gaúchas.
– Agradeço o carinho com que vocês estão recebendo o meu tesouro e convoco a todas para derrotar esse governo e o PT, que já fez besteira demais no Brasil – mandou dizer Ciro.
Antes de voltar para o aeroporto, Patrícia disse que participações como a de ontem em Porto Alegre são apenas uma ajuda para a campanha de Ciro. Ao aparecer nos programas de rádio e TV, diz ela, busca mostrar para os eleitores “o verdadeiro Ciro Gomes”.
No aeroporto, Luciana, grávida de quatro meses, contou que já sabe que dos trigêmeos dois são meninos. Os nomes estão escolhidos: Bernardo e Pedro.
Novo debate para o Senado
A TVCOM promoveu na noite de ontem o segundo debate entre candidatos ao Senado. Participaram Sérgio Zambiasi (PTB), José Fogaça (PPS), Emília Fernandes (PT), Paulo Paim (PT), Odacir Klein (PMDB), Vicente Bogo (PSDB), Hugo Mardini (PPB), Valdir Caetano (PL), Ágis Caraíba (PSC), João Bosco Vaz (PDT), Marcos Cittolin (PSB), Paulo Careca (PV) e Roner Anderson (PV).
Os candidatos, na maioria das vezes, não responderam às perguntas. Sorteado para fazer uma pergunta a Paim, o candidato do PMDB citou obras suas desenvolvidas na Região Metropolitana e recebeu como resposta os feitos do deputado na área de emprego. Questionado sobre seus candidatos ao Piratini e à Presidência, Zambiasi apenas disse que seu candidato à Presidência era Ciro Gomes (PPS).
Sabatina de candidatos
Como o Estado pode “reassumir o papel de indutor” do desenvolvimento foi a pergunta feita ontem aos candidatos ao Palácio Piratini no 9º Fórum do Sucesso. A pergunta foi apresentada pela Associação de Jovens Empresários de Porto Alegre (Aje / POA).
Tarso Genro (PT), Antônio Britto (PPS), Germano Rigotto (PMDB), Celso Bernardi (PPB), Carlos Schneider (PSC) e Aroldo Medina (PL) estiveram um a um no Teatro do Sesi oferecendo respostas. Eles também foram sabatinados pelos representantes de entidades empresariais gaúchas, como a Fiergs e a Federasul.
Diante de Tarso, o presidente da Federasul, Paulo Feijó, acusou o atual governo de ser “sectário”:
– Por esse motivo, nos afastamos do governo.
– O distanciamento foi do senhor, até pela forma deselegante e ofensiva com que o senhor tratou o governador do Estado – disse o candidato, lembrando episódio ocorrido durante palestra na Federasul, no dia 22 de maio, quando, na presença de Olívio, o dirigente disse que os empresários não tinham de agradecer ao governo.
Diante do candidato do PPS, Antônio Britto, Feijó voltou a atacar a administração petis ta, questionando o ex-governador sobre como enfrentaria a suposta “ideologização” do ensino público.
– Numa ponta, se trata de elaborar concursos onde o candidato tenha direito de ler mais de um livro. Na outra, será a vigilância da sociedade – respondeu Britto.
Violência e medo
Os desafios do próximo governador (segurança)
No rastro de um fenômeno mundial, o Rio Grande do Sul assiste nos últimos anos ao crescimento da criminalidade. Ao contrário de outros Estados, porém, onde índices de homicídio e de seqüestro confirmam a existência de territórios a poucos passos de uma guerra urbana, os números gaúchos apontam para um fato que intriga especialistas: enquanto os índices de homicídio e estupro estão estabilizados, explodem os chamados crimes contra o patrimônio, principalmente roubo, furto e latrocínio (roubo seguido de morte). Segunda maior preocupação dos gaúchos (atrás apenas do desemprego), segundo pesquisa CEPA-UFRGS realizada em junho, a segurança é o quarto tema da série de reportagens que o Jornal da Eleição publica sobre os desafios do próximo governador
Depois de ser assaltado três vezes, o comerciante Alfredo José Träsel, 77 anos, tomou uma medida drástica: ergueu grades no interior de seu armazém, do balcão até o teto.
A gota d’água veio há três anos. Träsel estava sozinho no armazém, no bairro Partenon, em Porto Alegre, quando dois assaltantes pularam o balcão e o agrediram com socos e pontapés. Além de R$ 300 e cigarros, os homens roubaram a segurança que o comerciante pensava ter. Desde que as grades foram instaladas, os clientes podem entrar na loja, mas a proteção de ferro os separa do proprietário.
– O povo diz que eu estou preso e que os ladrões é que estão soltos – comenta o comerciante.
A decisão de Träsel expõe a sensação de insegurança dos gaúchos. Segundo a Brigada Militar, o eixo mais crítico da violência no Estado concentra-se em Porto Alegre, Região Metropolitana, Vale do Sinos e Caxias do Sul. É onde são maiores os índices de crimes contra o patrimônio.
O latrocínio (roubo com morte) é um dos crimes que mais crescem no Estado em 2002. Nos primeiros seis meses, teve elevação de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse tipo de crime, Porto Alegre é a terceira capital do país – atrás de Porto Velho (RO) e Distrito Federal (DF) –, com 3,4 casos por mil habitantes, segundo dados do Ministério da Justiça. Números totais de roubos de carros em 2001 também põem a capital gaúcha em posição incômoda. Segundo o Cadastro Nacional de Veículos, um carro é roubado em Porto Alegre a cada 20 minutos – terceiro maior índice do país, atrás de São Paulo e Rio.
O recrudescimento dos crimes contra o patrimônio no Estado está diretamente relacionado à renda das cidades, segundo o sociólogo Túlio Kahn, do Instituto Latino-americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud). Isso explicaria por que regiões mais industrializadas e urbanizadas – como o eixo Porto Alegre-Caxias – concentram os maiores índices de roubo e furto. Uma pesquisa realizada em 2001 pelo Ilanud pôs o Rio Grande do Sul em terceiro lugar no ranking dos crimes contra o patrimônio. A tendência, segundo especialistas, se mantém.
– O Rio Grande do Sul acaba pagando por sua própria abundância – explica Kahn.
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Integração
Embora ainda enfrente resistência entre as corporações, a integração entre as polícias militar e civil é tida por especialistas como a melhor forma de combate ao crime. Segundo o sociólogo Túlio Kahn, do Instituto Latino-americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud), deve-se aprender com os modelos implantados em outros países, repudiando os ineficazes, como o “patrulhamento aleatório”, em que um veículo policial, andando sem rumo definido, atende a chamados.
– Num primeiro momento, a integração paulatina e progressiva é a melhor estratégia – avalia Kahn.
A unificação dos dois efetivos, militar e civil, depende de mudança na Constituição.
Força-tarefa
Ora vestindo bermudas em Tramandaí, no Litoral Norte, ora disfarçados de frentistas em um posto de gasolina em Três Passos, no noroeste do Estado, promotores e policiais da Brigada Militar (BM) e da Polícia Civil (PC) do Rio Grande do Sul mantêm sob mira o crime organizado.
Desde que essa força-tarefa foi criada, em outubro de 1999, com prazo indeterminado para acabar, os cinco promotores que atuam na Promotoria de Justiça Especializada Criminal gaúcha, com auxílio de 12 policiais civis e militares, prenderam 64 acusados e denunciaram à Justiça 412 pessoas.
Uma das ações mais expressivas foi a prisão, no ano passado, de cinco agentes e de um delegado da Polícia Civil da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Canoas, responsabilizados e condenados a 24 anos de reclusão por extorsão.
– A forma mais eficaz de combater a criminalidade é agir antes de o crime acontecer – avalia o subprocurador para assuntos institucionais do Ministério Público, Mauro Renner.
Foi o que aconteceu em 2001, quando a força-tarefa capturou em flagrante cinco assaltantes de banco em uma ação que demandou semanas de rastreamento. O grupo foi detido quando se preparava para assaltar uma agência na Capital. O Rio Grande é o segundo Estado a montar um grupo especial de promotores.
Aumento do efetivo é desafio histórico
Nos últimos 10 anos, sumiram das ruas do Rio Grande do Sul 4.527 policiais militares.
O contingente, equivalente à população de Três de Maio, no norte do Estado, reduziu a Brigada Militar (BM) em 15,4%. Aumentar a tropa é um desafio histórico aos governos que se alternam no Piratini.
De 29.352 policiais em 1992, a corporação encolheu para 24.825 em setembro de 2002. Nesse período, a população gaúcha cresceu 12,8%, segundo o IBGE.
Entre 1995 e 1998, houve uma debandada nos quadros da corporação, com a saída de 4.822 PMs, parte dela motivada pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV). O atual governo autorizou o ingresso de 3 mil novos policiais. Uma turma de 1,5 mil deve iniciar o treinamento em novembro, mas só irá para as ruas em um ano. O efetivo previsto é estabelecido por lei – atualmente a BM deveria ter 33.650 PMs –, mas esse número, nunca atingido, é questionado por especialistas.
– É preciso 33.650 policiais? Diria que não, mas 29 mil seria sustentável e bom para o Estado. Estamos abaixo desse número – afirma o comandante-geral da BM, Gérson Nunes Pereira.
No cotidiano das ruas, os números frios escondem homens e mulheres vítimas de uma eterna dívida dos governadores: há oito anos a categoria está sem reajuste, segundo o presidente da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho dos Cabos e Soldados da BM (Abamf), Leonel Lucas. O atual governo fixou em 222% o adicional de risco de vida. O básico ficou em R$ 192,36. Um policial ingressa ganhando R$ 580.
A falta de um plano de habitação, reivindicado pela categoria, obriga PMs a morarem ao lado de bandidos, em bairros da periferia. Um sargento há 26 anos no policiamento ostensivo de Porto Alegre precisa recorrer ao anonimato. Depois do trabalho, evita usar a farda e esconde a carteira funcional na meia. O medo estende-se à mulher dele. Para não despertar a atenção dos vizinhos, ela evita estender a farda do marido no quintal de casa. A roupa é levada para a casa da cunhada ou de amigos distantes do bairro.
– É uma maneira de a gente não se expor – explica o sargento. – Oriento os filhos a não contarem na escola que o pai é policial.
Outras propostas
Tarso Genro (PT)
• Desmembrar a Secretaria da Justiça e da Segurança, criando um órg ão responsável pela segurança pública e outro pela justiça e pelos direitos humanos
Antônio Britto (Pps)
• Manter unida a Secretaria da Justiça e da Segurança
• Articular uma campanha estadual de educação para a “não-violência”
• Abrir 1,6 mil vagas em presídios
Celso Bernardi (PPB)
• Desmembrar em dois órgãos a Secretaria da Justiça e da Segurança
• Criar um Conselho de Assessoramento Superior vinculado ao governo
• Modernizar o Instituto-Geral de Perícias
Germano Rigotto (PMDB)
• Desmembrar em dois órgãos a Secretaria da Justiça e da Segurança
• Reativar conselhos comunitários de segurança pública em todos os municípios
• Criar uma Central de Estatística Criminal
Aroldo Medina (PL)
• Aprimorar a qualidade dos serviços de segurança. Maximizar as ações contra o crime organizado, especialmente na área de entorpecentes
Caleb de Oliveira (PSB)
• Aumentar o efetivo policial, oferecendo melhores condições de trabalho
• Elaborar um programa habitacional, criando crédito imobiliário específico para os servidores da segurança
Carlos Schneider (PSC)
• Elaborar e regulamentar projetos que estabeleçam ações da Secretaria da Segurança Pública, da Brigada Militar e do Poder Judiciário, para um combate direto e eficaz contra a criminalidade e a corrupção
José Vilhena (PV)
• Buscar justiça social e desenvolvimento socioeconômico como estratégia de combate à formação de quadros do crime
• Construir pequenos presídios regionais (para no máximo 300 apenados)
Júlio Flores (PSTU)
• Unificar e democratizar a polícia, com direito a greve, sindicalização e eleição dos comandantes da BM
Luis Carlos Prates (PTN)
• Policiamento ostensivo e polícia judiciária
Oscar Jorge de Souza (PCO)
• Dissolver as polícias militar e civil. Em seu lugar, criar uma milícia controlada pela população, com a participação direta da comunidade e com oficiais eleitos pela própria tropa
• Reforma do sistema carcerário
Contingente burocrático
O número de inquéritos que abarrotam as delegacias da Região Metropolitana obriga os delegados a deslocar parte do efetivo que deveria atuar na investigação para colocar em dia o serviço burocrático. Em uma delegacia da Região Metropolitana com 22 agentes, apenas três trabalham na rua. O delegado, que, temendo represálias, pede para não ser identificado, afirma que há 10 mil inquéritos em andamento.
– Recebemos cerca de 40 ocorrências por dia, mas só temos condições de atender à metade – afirma.
O chefe da Polícia Civil, José Antônio Araújo, reconhece o problema.
– Estamos com muitas atribuições e sem pessoal. Precisaríamos aumentar de 600 a 800 homens anualmente, chegando a um efetivo de 10 mil – diz.
O efetivo atual é de 5.585 homens.
Saiba mais
Propostas para o combate à criminalidade
Tarso Genro (PT)
• Implantar a polícia comunitária a partir da qualificação dos servidores
• Ampliar o atendimento pericial, a fim de utilizar a ciência e a técnica como ferramentas para o enfrentamento da criminalidade
Antônio Britto (PPS)
• Despartidarizar as polícias, que passarão a atuar profissionalmente e com metas de melhoria da qualidade dos serviços
• Atacar imediatamente a violência e o tráfico de drogas nas escolas e em suas imediações
Celso Bernardi (PPB)
• Firmar um convênio entre Estado e municípios para repasse de recursos para formação, e funciomento de Conselhos de Defesa e Segurança da Comunidade
• Intensificar o desarmamento e a blitz em vias públicas, bancos, postos de gasolina, ônibus e táxis
Germano Rigotto (PMDB)
• Despartidarização imediata dos órgãos de segurança
• Criar o Movimento Sociedade e Governo em Favor da Segurança Pública, envolvendo organizações comunitárias, meios de comunicação, escolas, sindicatos, empresas e instituições religiosas
Propostas sobre efetivo e equipamentos
Tarso Genro (PT)
• Valorização dos profissionais da segurança, com qualificação de recursos humanos, melhoria de condições de trabalho e de remuneração
• Completar o efetivo da Polícia Civil e da Brigada Militar, garantindo a permanente presença da polícia na rua
• Dar continuidade ao combate à corrupção policial
Antônio Britto (PPS))
• Implantar o Plano Diretor para integrar todos os órgãos policiais
• Implantar um sistema integrado de ocorrências e disponibilizar aos agentes de segurança uma base de dados única para dar credibilidade ao serviço de emergência 190
• Medidas emergenciais de contratação de policiais inativos e egressos do Exército
• Aumentar o policiamento ostensivo
Celso Bernardi (PPB)
• Diminuir a defasagem de efetivo nas polícias, por meio de seleção e formação de novos policiais
• Investir no reaparelhamento das corporações, com aquisição de carros, armas, algemas, coletes e equipamentos de comunicação e informática
• Propiciar um “choque de motivação” nos policiais para recuperar sua auto-estima
Germano Rigotto (PMDB)
• Restituir à Brigada imóveis e instituições com ela historicamente identificados
• Preenchimento gradativo e planejado das vagas existentes
• Programa de capacitação continuada e aperfeiçoamento profissional, com cursos no Brasil e no Exterior na área de prevenção
• Reaparelhar corporações, incluindo compra de carros, armas e equipamentos
Propostas sobre forças-tarefas e integração das polícias
Tarso Genro (PT)
• Ampliar a integração e aprofundar a experiência de um Sistema Integrado de Policiamento, partilhando informações e racionalizando as ações
• Criação de forças-tarefas regionais em áreas onde a criminalidade é mais intensa e organizada
Antônio Britto (PPS)
• Forças-tarefas devem ser constituídas em casos especiais, como o combate ao crime organizado
• Integrar as ações das polícias civil e militar e destas com iniciativas do governo federal e das administrações municipais
Celso Bernardi (PPB)
• Criar forças policiais especiais para o combate ao narcotráfico, ao crime organizado e às quadrilhas de roubo de banco e de cargas
Germano Rigotto (PMDB)
• Implantação de Centros Integrados de Segurança Pública nos municípios-sede das áreas de abrangência dos Coredes
Pesquisas estimulam campanha de Rigotto
Crescimento dos índices de candidato do PMDB anima militantes
Militantes e simpatizantes da coligação União pelo Rio Grande (PMDB-PSDB-PHS) finalmente receberam a injeção de ânimo que o candidato ao governo gaúcho Germano Rigotto (PMDB) esbanja desde o início da campanha.
Com os resultados da última sondagem do Centro de Estudos em Administração (Cepa) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em que o peemedebista aparece com 11% das intenções de voto e vencendo o ex-governador Antônio Britto (PPS) numa simulação de segundo turno, a militância pró-Rigotto foi em peso às ruas, mesmo nos municípios em que o candidato não compareceu.
Adesivos, bandeiras, buttons, santinhos, impressos com o programa de governo e o tradicional coração vermelho que simboliza a candidatura do peemedibista que sobravam no comitê central, em Porto Alegre, agora são disputados por diretórios municipais dos três partidos da coligação. Até duas semanas, alguns redutos do PMDB no Interior sequer solicitavam material da majoritária. Desde então, os pedidos são tantos, que o tráfego de ligações telefônicas para o QG de Rigotto aumentou em 90%.
Para a comemoração do dia 15 – número do candidato – no domingo
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