REDUÇÃO DO ICMS COBRADO DO TRIGO FOI UMA DAS GRANDES DECISÕES NAS COMISSÕES



A redução de 12% para 7% da alíquota interestadual do ICMS cobrado sobre a farinha de trigo foi uma das mais importantes decisões tomadas no trabalho das comissões técnicas do Senado ao longo desta semana. A redução da carga tributária, que se reflete sobre o preço do pão, servirá também para abrir mais empregos no campo, avaliou o autor do projeto aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos, senador Osmar Dias (PSDB-PR).
O parlamentar disse que o Brasil corre o risco de retrocesso nesse setor, se não forem tomadas providências capazes de recuperar a competitividade da farinha nacional. Observando que os moinhos brasileiros não gozam de qualquer benefício fiscal nas vendas para o mercado interno, ele argumentou que os produtores estrangeiros, notadamente os do Mercosul, recebem de seus governos uma série de incentivos voltados para a exportação.
A CAE também aprovou projeto de lei da Câmara que inclui creches, pré-escolas e estabelecimentos de ensino fundamental entre os beneficiários do Sistema Integrado de Imposto e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
Também esta semana, a CAE aprovou requerimento do senador Osmar Dias para a realização de inspeção do Tribunal de Contas da União sobre a auditoria realizada pelo Banco Central no Banco do Estado do Paraná (Banestado). O senador disse que foram gastos R$ 5,1 bilhões no saneamento do Banestado, mas sua privatização será feita pelo preço minimo de R$ 434 milhões. Ele defendeu a suspensão do leilão de privatização do banco.
Com base em relatório do senador José Eduardo Dutra, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovou projeto do senador Roberto Requião (PMDB-PR) determinando que a nomeação de cônjuges, companheiros ou parentes até segundo grau para cargos em comissão seja acompanhada de exposição de motivos assinada pela autoridade responsável pela nomeação.
A CCJ também aprovou parecer do senador Jefferson Péres (PDT-AM) favorável a projeto que define os crimes comuns e de responsabilidade cometidos contra as finanças públicas e as leis orçamentárias. A proposta complementa a Lei de Responsabilidade Fiscal e redefine o crime de denunciação caluniosa, incluindo no ordenamento jurídico brasileiro novos tipos penais concernentes à gestão orçamentária, financeira e fiscal do setor público.
Em decisão terminativa, a CCJ também aprovou projeto do senador Roberto Freire (PPS-PE), autorizando o Poder Executivo a criar a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Pólo Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) e a instituir programa especial de desenvolvimento desse pólo. A mesma comissão aprovou projeto do senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) que estende aos presidentes de Juntas de Conciliação e Julgamento e aos juizes de direito investidos na jurisdição trabalhista a faculdade de conceder o benefício da justiça gratuita.
Já a Comissão de Assuntos Sociais aprovou projeto dispensando as instituições religiosas de recolherem a contribuição previdenciária incidente sobre o valor pago a seus ministros. Pelo texto aprovado, o trabalho de ministro de confissão religiosa e de membros de instituto de vida consagrada não traduz prestação de serviço.
A Comissão de Educação aprovou, em caráter terminativo, projeto determinando que os manuais de instrução de eletrodomésticos sejam escritos também em braile. Ainda em decisão terminativa, a CE aprovou projeto da senadora Marina Silva (PT-AC) para inscrever o nome do ecologista Chico Mendes no livro dos Heróis da Pátria.

14/09/2000

Agência Senado


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