Renan pede aceleração das reformas
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu que se acelerem as reformas, sobretudo a tributária, para ajudar o país a retomar o desenvolvimento. Ele disse que o Senado, por representar a Federação, tem a responsabilidade constitucional de fazer essas mudanças. O parlamentar entende que o país tem todas as condições para começar a oferecer um ambiente favorável à retomada do crescimento econômico, da geração de emprego e renda e à realização da justiça social.
Renan Calheiros citou dados de estudo divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), segundo o qual a economia da região cresceu, em média, 1% ao ano, para uma expansão demográfica média de 1,5%, no período de 1997 a 2002. O estudo conclui que os últimos seis anos foram perdidos no que se refere a desenvolvimento socioeconômico para a América Latina. Ainda de acordo com o estudo, o Poduto Interno Bruto (PIB) da região recuou 1,45%.
- O que se conclui do trabalho da Cepal é que praticamente teremos mais uma década difícil pela frente. E se não engendrarmos grandes esforços, a América Latina irá na direção de mais um período de estagnação, com reflexos diretos na área social - disse o senador.
Em sua análise, Renan Calheiros afirmou que os governos da América Latina não podem ser totalmente responsabilizados por essa estagnação, embora alguns tenham adotado modelos econômicos equivocados.
- As crises da Ásia, Rússia, Argentina e a nossa de 1999 são também responsáveis diretas por este quadro - observou.
Ainda com os dados do Cepal, ele afirmou que a projeção para o crescimento da região este ano, de 1,5%, é superior à queda de 0,6% verificada no ano passado. Mas, em contrapartida, essa expansão de 1,5% está aquém dos 2,1% estimados há seis meses.
- Para o Brasil, o crescimento será de no máximo 1,5%. Motivo: desaceleração da economia mundial e queda no fluxo de investimentos. Esse diagnóstico vem refletido diretamente nos indicadores da indústria nacional, que é o carro-chefe da nossa economia - disse.
O senador citou como mais um dado preocupante dessa pesquisa a informação de que, no ano passado, os investimentos internacionais na região foram de US$ 39 bilhões, enquanto, para este ano, a expectativa é de US$ 30 bilhões, o que representa uma queda de 23%.
- Este é um quadro que precisa ser enfrentado com muita coragem - alertou.
15/08/2003
Agência Senado
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