RENAN REIVINDICA REGULAMENTAÇÃO IMEDIATA DA LEI DE ABATE DE AERONAVES



O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reivindicou, nessa segunda-feira (dia 27) a regulamentação da lei que permite o abate de aeronaves hostis em território aéreo brasileiro. Para o senador, diante da escalada da violência no país, é injustificável que a lei, sancionada em março de 1998, não esteja ainda em vigor, uma vez que representaria eficaz instrumento de combate ao narcotráfico e contrabando de armas, reconhecidos vetores da violência.

Renan apresentou projeto definindo as condições em que uma aeronave pode ser considerada hostil e abatida: não possuir plano de vôo autorizado; ter decolado de pista clandestina; estar com marcas falsas de matrícula ou nacionalidade; não cumprir as determinações emanadas das autoridades aéreas, como responder a indagações ou recusar-se a pousar.

O senador lamentou que a regulamentação da lei não tenha sido incluída entre as medidas anunciadas no Plano de Combate à Violência, nem tampouco "ressuscitada" por ocasião do Plano Colômbia, plano dos Estados Unidos de combate ao narcotráfico. "Não podemos aceitar que o Brasil continue a ser corredor indulgente para aeronaves sem identificação ou autorização do governo", afirmou.

Em aparte, o senador Romero Jucá (PSDB-RR) aplaudiu a iniciativa e cobrou providências do governo, por considerar a lei um elemento importante na segurança da Amazônia. Também em aparte, o senador Moreira Mendes (PFL-RO) afirmou que, se aeronaves do tráfico e do contrabando não forem abatidas, em breve o crime organizado poderá migrar para o Brasil. Para o senador Ramez Tebet (PMDB-MS), é urgente defender o território nacional.

27/11/2000

Agência Senado


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