Roberto Cavalcanti diz que Plano Real transformou o Brasil em outro país



No 16º aniversário de lançamento do Plano Real, ocorrido em 1994, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) afirmou da tribuna, nesta terça-feira (29), que o "Brasil se transformou em outro país" desde então. Para ele, dois fatos marcaram o país nas últimas décadas e constarão sempre da história: o fim da ditadura, com a convocação de uma Constituinte (1988), e o fim "do flagelo da inflação", que foi debelada com o Plano Real.

Roberto Cavalcanti observou que "as duas conquistas dos brasileiros abriram as portas para que conseguíssemos estar onde estamos".

- Um dos grandes méritos do governo Lula foi, em primeiro lugar, ter reconhecido a validade e a importância dos princípios que garantiram o sucesso do Plano Real. Em segundo lugar, ter sabido utilizar esse sucesso para aprofundar e enriquecer os ganhos sociais possibilitados pelo plano. Se hoje podemos comemorar a melhora substancial de diversos indicadores sociais, é porque o governo Lula soube dar continuidade aos avanços contra a pobreza já iniciados pela conquista da estabilidade econômica - afirmou.

O senador opinou que a inflação alta prejudicava principalmente os mais pobres, desorganizava a economia e impedia qualquer tentativa de planejamento das empresas ou do governo.

- É até difícil explicar para os mais jovens o que era aquela experiência, mas o fim da inflação ajudou a tirar milhões da miséria. Se hoje podemos comemorar a melhora substancial de diversos indicadores sociais é porque o governo Lula soube dar continuidade aos avanços contra a pobreza já iniciados pela conquista da estabilidade econômica - disse.

Roberto Cavalcanti ponderou, no entanto, que a guerra contra a pobreza e a exclusão ainda não foi vencida, apesar dos ganhos da estabilidade econômica e é nisso que o país deve investir sempre.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lembrou ter enfrentado problemas junto à esquerda por ter, em 1994, se manifestado favoravelmente ao Plano Real, apesar de ter afirmado à época que, num primeiro momento, haveria aumento do desemprego. Para ele, "todas as conquistas dos últimos anos, especialmente no governo Lula, não teriam sido viáveis sem a estabilidade da moeda".



29/06/2010

Agência Senado


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