TEBET CRITICA REGRAS DO CRÉDITO EDUCATIVO



Regras semelhantes às do sistema bancário estão inviabilizando o Crédito Educativo, na opinião do senador Ramez Tebet (PMDB-MS). Depois de muito tempo desativado, o programa voltou a funcionar com novas normas, mas de acordo com o senador não é acessível aos estudantes pobres. .
- O sistema está piorando ao invés de melhorar. Todas semanas recebo em meu estado um grande número de jovens sem recursos, quase pedindo auxílio para custear seus estudos, já que não conseguem arcar com o Crédito Educativo - disse Tebet. .
O senador explicou que agora o estudante paga juros de 9% ao ano pelo empréstimo contraído junto à Caixa Econômica Federal, mas não tem o pedido deferido se deixar de apresentar fiador com renda mensal equivalente ao dobro do valor da prestação. E ao final do curso, o devedor não tem direito a prazo de carência, obrigando-se a arcar com a primeira parcela logo depois de receber o diploma. .
- Assim o Crédito Educativo está fortalecendo as instituições privadas de ensino - afirmou Tebet. .
A escola pública é o "caminho natural" para os filhos das famílias pobres, segundo o senador por Mato Grosso do Sul, mas o seu papel está hoje desvirtuado no que diz respeito ao ensino universitário gratuito. .
- Os ricos é que estudam nas universidade públicas - disse Tebet, apoiado em aparte pelo senador Carlos Patrocínio (PFL-TO), que usou como imagem dessa inversão os estacionamentos lotados de carros de luxo nas instituições de ensino estatais. .
Tebet também foi apoiado em apartes pelos senadores Ernandes Amorim (PPB-RO) e Leomar Quintanilha (PPB-TO). .
- Se eu tivesse que pagar juros de mercado, jamais teria pago o Crédito Educativo e terminado um curso superior - testemunhou Amorim.

25/10/1999

Agência Senado


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