TEBET DEFENDE FORTALECIMENTO DO CRÉDITO EDUCATIVO



O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) fez um apelo hoje (dia 3) para que os recursos destinados ao Programa do Crédito Educativo sejam liberados pelo Tesouro, destacando que embora no Orçamento da União estejam consignados R$ 150 milhões para essa conta, os recursos estão retidos. Tebet enfatizou que a medida tem prejudicado estudantes carentes em todo o país, uma vez que 70% dos universitários brasileiros estudam em escolas particulares.

Ele desmentiu informações divulgadas pela imprensa, segundo as quais a inadimplência no crédito educativo seria de 70%. Tebet disse que dados oficiais informam que não passa de 12%, não se justificando, portanto, "o pretexto usado pela Caixa Econômica para restringir a alocação de recursos para o crédito educativo.

Tebet considerou o crédito educativo "condição essencial para a expansão do ensino superior e para assegurar um espaço para o futuro exercício de políticas mais justas e democráticas". Ele lamentou a atual "inversão de valores" nesse nível de ensino no Brasil, onde os estudantes mais pobres ingressam em universidades pagas, enquanto os mais abastados, "por cursarem o primeiro e o segundo graus em escolas melhores", são aprovados nas universidades públicas.

A injustiça apontada pelo senador torna, segundo disse, ainda mais necessário o crédito educativo para possibilitar aos jovens de menor renda o pagamento dos altos preços cobrados pelas instituições privadas.

Em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) sugeriu a volta do sistema de bolsas de estudo para o terceiro grau e o senador Odacir Soares (PTB-RO) propôs que o crédito educativo seja estendido às universidades federais. Segundo sua sugestão, a instituição pública seria capitalizada pelas mensalidades que passariam a ser pagas por aqueles que, "por serem ricos, têm a exclusividade do acesso à universidade pública."



03/03/1998

Agência Senado


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