SENADO APROVA ANISTIA PARA MULTAS APLICADAS AOS PETROLEIROS



Se depender do Senado, os sindicatos e a Federação Únicados Petroleiros não terão de pagar as multas de R$ 100 mil por dia de paralisação aplicadas pelo Tribunal Superior do Trabalho durante a greve de abril e maio de 1995 - que ficou conhecida como a "greve do gás" porque o combustível foi racionado em várias capitais do país.

Os senadores aprovaram hoje (quarta, 27) substitutivo que o senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentoua projeto do senador José Eduardo Dutra (PT-SE) anistiando as multas. Para entrar em vigor, o projeto ainda terá de ser aprovado pelosdeputados. O projeto original de Dutra anistiava sindicatos em geral, mas o substitutivo limitou a anistia às entidades ligadas à área petrolífera.

José Eduardo Dutra sustenta em sua justificativa que as multas aplicadas pelo TST inviabilizam a manutenção dos sindicatos, os quais foram multados por não terem determinado o retorno ao trabalho depois que o TST considerou a greve abusiva.

Já o relator, Roberto Requião, recomendou a anistia porque a greve foi resultado da falta de cumprimento de um acordo feito entre a Petrobrás e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), com o apoio do então presidente da República, Itamar Franco. Requião afirma nas considerações que acompanham o substitutivo que o TST fixou a multa em R$ 100 mil por dia de greve de cada sindicato, valor idêntico ao pedido feito pela Petrobrás. "O que ocorreu - sustenta o relator - foi o deferimento de um pedido formulado pela empresa suscitante e não uma decisão autônoma do colegiado especializado do TST."



27/05/1998

Agência Senado


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