Senador João Batista Motta defende novas metas de inflação anunciadas pelo governo



A fixação de novas metas de inflação para este e o próximo ano anunciadas pelo governo recebeu apoio do senador João Batista Motta (PPS-ES), que assumiu a vaga deixada pelo senador Paulo Hartung, novo governador do Espírito Santo. -Foi uma medida sensata e inteligente-, disse Motta.

A área econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva decidiu elevar em mais dois pontos percentuais o teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), subindo a meta para 8,5% neste ano. A proposta do Banco Central é de 5,5% para a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2004.

O senador considerou que as definições propostas pelo BC, em carta pública divulgada na última terça-feira (21), são mais realistas. Elas estão de acordo com a intenção do governo de evitar uma recessão econômica. Pelas justificativas do presidente do BC, Henrique Meirelles, se mantida a meta de 6,5% o Produto Interno Bruto (PIB) acusaria uma queda real de 1,6% em 2003.

Com um afrouxamento da meta, o BC estima que a economia possa crescer 2,8% este ano. Ao lado da revisão dos tetos autorizados pelo CMN, aprovada pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros básica da economia para 25,5% ao ano para sinalizar ao mercado que, apesar de aceitar uma inflação mais elevada, continuará adotando uma política de austeridade monetária. Essas decisões foram elogiadas pelo senador:

- Nós temos que trabalhar com o pé no chão. O brasileiro não pode ser surpreendido com as coisas a ultima hora e é bom que isso seja anunciado. É bom que cada um saiba aquilo que vai acontecer a cada ano. Acho a medida inteligente - disse Motta em entrevista à Voz do Brasil.



24/01/2003

Agência Senado


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