Senadores acreditam que disputa sucessória não abalou a base do governo



Na avaliação de vários senadores do PMDB, PSDB e PFL, a disputa pela Presidência do Senado opôs circunstancialmente o PFL aos outros dois partidos de sustentação do governo na Casa, mas, definido o sucessor de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), a base deverá se recompor. Só o peemedebista Roberto Requião (PR) acredita que a vitória de Jader Barbalho (PMDB-PA) e a derrota de Arlindo Porto (PTB-MG) enfraqueceram a maioria governista.

O momento é de reconciliação, na opinião de vários pefelistas. A expectativa do senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) é de que o Senado "passe a viver um período de reconciliação e de reconstrução de sua imagem". Na mesma direção, Carlos Patrocínio (PFL-TO) acredita que o momento agora é de união. Já o senador Juvêncio da Fonseca (PFL-MS) afirmou que o PFL não deixará a base do governo.

Entre os integrantes do PSDB, Nilo Teixeira (RJ) manifestou a mesma expectativa dos pefelistas, dizendo que o PFL não sairá enfraquecido da disputa que resultou na vitória de Jader Barbalho.

- Jader vai tomar medidas para tranqüilizar o PFL e para avançar no processo democrático - declarou.

O líder do governo no Senado, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), também manifestou sua confiança na reunificação da base governista.

- Passada a disputa, os partidos da base colocarão o interesse do país acima das querelas partidárias - afirmou.

Amir Lando (PMDB-RO) disse que é hora de "sepultar o passado", referindo-se às denúncias e ataques pessoais que antecederam as eleições desta quarta-feira.

- É hora das querelas pessoais serem afastadas do cenário político - insistiu.

14/02/2001

Agência Senado


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