Serra cai três pontos e empata com Garotinho
Serra cai três pontos e empata com Garotinho
Pesquisa divulgada ontem à noite pelo Ibope aponta Lula na frente, com 33%, e Ciro em segundo, agora com 27%
Ocandidato do PSDB à Presidência, José Serra, caiu três pontos percentuais na preferência dos eleitores e está empatado com Anthony Garotinho (PSB), ambos com 11% dos votos, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Ibope.
No levantamento anterior, havia empate técnico, mas desta vez trata-se do chamado empate numérico, ou seja, Serra e Garotinho ostentam o mesmo índice de intenção de voto.
Os outros dois candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS), apenas oscilaram dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos. Lula passou de 34% para 33%, enquanto Ciro, que tinha 25%, agora tem 27%.
Essa pesquisa foi a primeira feita por um instituto de grande porte após o debate na TV Bandeirantes, no último domingo.
No segundo turno, entre Ciro e Lula, o candidato do PPS venceria por 46% a 41%. Os números anteriores indicavam 47% a 42%. Contra Serra, Lula venceria por 49% a 36% e, contra Garotinho, por 50% a 32%.
Telefone do vice de Ciro é grampeado
Uma varredura feita ontem por um empresa especializada em segurança telefônica constatou que o telefone utilizado pelo candidato à vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PPS), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, no comitê central da Força Trabalhista, em São Paulo, assim como o telefone de João Carlos Gonçalves, o Juruna, presidente da Força Sindical, estavam grampeados por um aparelho eletrônico de escuta telefônica.
As informações foram divulgadas pela Frente Trabalhista, indicando que os grampos estavam nos nos quadros de entrada da Telefônica.
O telefone de Juruna era utilizado por Paulinho, presidente licenciado da Força Sindical, e está instalado no gabinete da presidência da organização, no Palácio do Trabalhador, no bairro da Liberdade, em São Paulo.
O comitê central da Frente Trabalhista informou que iria registrar ontem o boletim de ocorrência e pedir a abertura de inquérito policial para investigar a escuta.
Assessores apóiam o acordo
Foi unanimidade. Todos os assessores econômicos dos candidatos ao Palácio do Planalto apoiaram a decisão do governo de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI). As análises foram feitas ontem durante debate promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), realizado ontem na sede da Associação Comercial do DF.
O deputado Aloizio Mercadante (PT-SP), assessor de Luiz Inácio Lula da Silva, foi o primeiro a falar para a platéia. Não quis comentar o acordo com o Fundo, mas disse que o Brasil não dispunha de alternativas, quando analisado o cenário econômico atual. Mercadante ressaltou, entretanto, que o País não pode ter nos cofres do FMI a solução para os problemas estruturais da economia. "É um erro imaginar que o Fundo será a solução para nossos problemas", disse ao explicar que o órgão dita políticas recessivas. "A Argentina cumpriu tudo que Washington pediu, privatizou tudo, mas ficou em uma situação lamentável, do ponto de vista econômico".
O economista Mauro Benevides Filho, que assessora Ciro Gomes (PPS), foi um dos menos críticos do empréstimo. "Todo mundo fala do FMI como se fosse a Geni, em que todos jogam pedra; mas o Fundo tem juros baixos e financiamento de longo prazo", disse à platéia, formada por economistas.
Tito Ryff, economista do PSB, partido de Anthony Garotinho, disse que é preocupante o fato de o Brasil ser obrigado a recorrer ao FMI pela terceira vez em quatro anos (1998, 2001 e 2002). "E se continuarmos com esse déficit na balança comercial, provavelmente teremos que ir novamente ao Fundo". Entretanto, ele não criticou a atual decisão. "A medida serviu para acalmar o mercado".
O último a falar foi o economista Geraldo Biasoto, que coordena as propostas econômicas de José Serra (PSDB). "É até difícil para nós dizermos que o acordo com o FMI foi bom para o País". Mas como todos os outros economistas, ele também disse que o FMI era a única alternativa brasileira para reduzir a pressão sobre o cenário econômico vivido no momento pelo País.
Ex-governador prevê volta de joelhos
Os presidenciáveis também aprovaram o empréstimos de US$ 30 bilhões feito pelo governo brasileiro ao FMI (veja quadro ao lado). Apenas Anthony Garotinho (PSB) fez comentários mais críticos ao acordo. Ele disse que o atual cenário econômico vai obrigar o próximo presidente a recorrer ao Fundo e "quase de joelhos". Ele afirmou que o empréstimo foi resultado da falta de alternativas. "Ninguém deve comemorar uma ida ao banco para pegar dinheiro emprestado para pagar dívidas".
O economista Tito Ryff, que faz parte da equipe de Garotinho disse que provavelmente o candidato utilizará os recursos negociados pelo País com o FMI, caso necessário. "Vai depender da confiança do mercado e da confiança no presidente da República e, também, do saldo da balança comercial"
Ciro Gomes (PPS) não quis comentar o assunto. Mas seu assessor para assuntos econômicos, Mauro Benevides Filho, em seminário promovido pelo Conselho Federal de Economia, disse que o candidato irá respeitar o itens do acordo com o FMI. No debate, ele fez referências também ao fato de o Brasil não cumprir as metas de inflação. "As metas não serão cumpridas neste ano e o governo já alterou o índice para o próximo ano".
O economista afirmou que Ciro, se eleito, vai adotar o índice de conforto no lugar das metas de inflação para balizar a política econômica. O índice, que foi criado pela Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na década de 70, embute o nível de desemprego para calcular as metas econômicas a ser perseguida pelo governo, em vez de analisar apenas o aumento dos preços.
Benevides também criticou a pouca importância dada ao fato de o Brasil ter que arcar com juros pesados para financiar a dívida. "Precisaremos de R$ 50 bilhões por ano, apenas para o pagamento de juros".
Já Aloizio Mercadante, que coordena a elaboração das propostas econômicas do PT, disse que outro componente agrava a economia brasileira para 2003: o pagamento de compromissos internacionais de US$ 10 bilhões. Segundo ele, no mesmo ano, o País vai ter uma perda de receita tributária de R$ 10,5 bilhões, em função do fim da CPMF, entre outras medidas fiscais.
Câmara vai lembrar 10 anos sem Collor
Em dobradinha, o PT de Luiz Inácio Lula da Silva e o PSDB de José Serra requereram à Mesa da Câmara a realização de sessão solene para lembrar os 10 anos da autorização da Casa para a abertura, pelo Senado, do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
A votação histórica que permitiu ao Senado a abertura do processo contra Collor por crime de responsabilidade ocorreu no dia 29 de setembro de 1992. A sessão solene requerida pelos líderes petista João Paulo Cunha e pelo tucano Jutahy Júnior deverá ser realizada no dia 17 de setembro. Eles optaram por pedi-la antes do dia 29 por causa da eleição, que ocorrerá 8 dias depois, no dia 6 de outubro.
João Paulo disse que a intenção de propor a sessão solene "é contribuir para perpetuar na memória nacional a data histórica e manter vivo o momento em que o Parlamento nacional agiu como intérprete legítimo e lúcido da maioria do povo brasileiro".
Collor é candidato a governador de Alagoas pelo PRTB e está coligado ao PPS de Ciro Gomes.
PMDB de Goiás retira apoio a Serra
O senador Iris Rezende (PMDB-GO) anunciou que o PMDB goiano decidiu ontem, em encontro realizado em Goiânia, retirar o apoio à candidatura do senador José Serra à Presidência da República. A posição dos peemedebistas é uma resposta à federalizaç ão das Centrais Elétricas de Goiás (Celg), oficializada ontem pelo governo federal.
Iris Rezende disse que já comunicou a decisão ao presidente do PMDB, deputado Michel Temer. O PMDB goiano ainda não decidiu quem apoiará na corrida presidencial e, segundo o senador, só tomará esta decisão nos próximos dias.
A federalização da Celg, oficializada ontem surpreendeu o PMDB de Goiás. "Agora estamos descomprometidos com Serra", afirmou o senador Iris Rezende, ressaltando que a decisão do governo federal será "um desastre para Goiás" e beneficiará o governador Marconi Perillo (PSDB), que disputa a reeleição.
A Celg foi incluída no programa de desestatização, ficando a Eletrobrás autorizada a adquirir o controle acionário da empresa, abrindo também caminho para sua privatização. A não federalização da Celg foi um dos itens do acordo firmado entre o Palácio do Planalto e o PMDB de Goiás em troca do apoio a Serra.
Álvaro Dias lidera pesquisa no Paraná
O senador Álvaro Dias (PDT) lidera a corrida para o governo do Paraná, segundo pesquisa do Ibope. Álvaro está com 35% de intenção de voto, sete pontos à frente do senador Roberto Requião (PMDB), que tem 28%. O deputado Padre Roque (PT) e o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), aparecem empatados com 5%.
O Ibope ouviu 1.250 eleitores entre os dias 2 e 5 de agosto, em 69 cidades do Paraná. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O deputado federal Rubens Bueno (PPS) ficou com 2%. Os demais sete candidatos a governador ficaram abaixo de 1%, ou não foram citados. Os indecisos somam 19% dos entrevistados e 5% não votam em nenhum candidato.
O levantamento mostra ainda que, em um eventual segundo turno, Álvaro venceria Requião, com 46% dos votos contra 39%.
Artigos
Notoriedade e vida fácil
Ricardo Mendes
A onda de reality shows criou uma nova categoria de celebridade: a dos ex-participantes desses programas dedicados a transformar intimidade em espetáculo. O noticiário está farto de matérias e notas sobre as pretensões artísticas daqueles que estiveram no Big Brother Brasil 2. Difícil encontrar entre eles quem se contente em voltar ao anonimato. A norma é apostar numa carreira artística, ainda que o candidato a estrela tenha mostrado como atributos apenas coisas como a habilidade para escovar os dentes ou falar mal dos companheiros de cativeiro voluntário.
O momento radicaliza a noção de que no futuro todos teríamos 15 minutos de fama, como profetizou o artista plástico Andy Warhol ainda na década de 60. Não em relação ao período de 15 minutos, pois as novas celebridades tendem a roer o osso da súbita popularidade até a fronteira do insuportável para nossa paciência. A radicalização ocorre porque se subverte a idéia sobre o que faz de uma pessoa uma celebridade. Não é mais preciso um feito extraordinário de criação ou trabalho. Sequer é preciso ser filho de outra celebridade. Para ser famoso e adulado pela indústria da informação, basta hoje ter sua privacidade exposta ao limite do constrangimento.
Fico imaginando como atores com anos de profissão e estudos reagem quando lêem que a comissária de bordo Cida e a vendedora Tarciana esperam que a Globo as convide para uma novela ou coisa que o valha. É razoável concluir que aqueles profissionais têm por que se indignar, pois talento e trabalho parecem ser menos eficazes que o poder da máquina de promoção movida pela televisão e pelas publicações associadas ao seu universo.
A fome de notoriedade manifestada pelos ex-participantes de reality shows consagra a fama despida de mérito, mas é somente a novíssima faceta de um comportamento que se torna comum no chamado meio artístico: a expectativa de ganhar uma vida fácil. Esse é o motor por trás das moças oxigenadas que esperam ter prosperidade por saberem rebolar e se submeter à vulgaridade de certos pagodeiros. É a esperança de pagodeiros que abrem mão de tocar instrumentos para apenas servir de fundo coreográfico para o vocalista. É o estímulo de pais que viram gigolôs dos filhos em programas de calouros.
No filme Tiros na Broadway, de Woody Allen, o personagem de Edward Norton sente-se aliviado quando conclui não ter vocação para artista. A conclusão o libera para uma vida livre de expectativas que dificilmente seriam realizadas. Os ex-participantes de reality shows deveriam ver esse filme com carinho. Assim, saberiam que ostracismo não precisa ser sinônimo de infelicidade.
Colunistas
CLÁUDIO HUMBERTO
Empresários assediam Ciro
Ciro morro acima e Ibope Serra abaixo, ninguém segura: o deputado José Carlos Martinez (PTB-PR), ex-coordenador da Frente Trabalhista, confidenciou a um amigo, esta semana, que o problema da candidatura não é dinheiro. Segundo ele, a campanha tem sido procurada espontaneamente por dois ou três grandes empresários por dia, interessados em fazer doações. A Frente até já entrou na fase de selecionar e esnobar doadores. É o momento do chamado "rabo de foguete" em campanhas eleitorais.
MP nº 1
Do jeito que Ciro Gomes faz contas, a primeira medida provisória do seu eventual governo está praticamente definida: a extinção da tabuada.
Zero a zero no MP
Oito meses depois de concluída a CPI do Futebol, o Ministério Público Federal ainda não achou a maneira de processar os cartolas acusados de irregularidades. Os dados são insuficientes ou porque não se comprovou prejuízo do bem público. Everardo Maciel (Receita Federal) tomou a única providência concreta: mandou multar os acusados de sonegação.
Tudo a ver
Dois ministros que estiveram recentemente com o principal executivo das Organizações Globo, João Roberto Marinho, e ficaram impressionados com o nível de irritação provocado pela simples menção do nome Ciro Gomes.
Pensando bem...
...pobre quando vê muito empréstimo, desconfia.
Selo com Pimenta
Arde no bolso do cidadão a brigalhada que afastou o ex-ministro Pimenta da Veiga do controle da rica Empresa de Correios e Telégrafos. Antes de deixar a ECT, a turma aumentou as tarifas postais. Pior: ao contrário do que se noticiou, o selo comum foi reajustado até 71,4% e o Sedex 27,2%. Uma pequena ajuda no desempenho dos candidatos. De oposição, claro.
Coisa de Malan
Com as pesquisas confirmando que o candidato tucano caminha resoluto para a lanterninha, está provado: indexaram o dólar a José Serra.
Esqueceram de mim
Principal financiadora da campanha do presidenciável Garotinho, a Associação dos Homens de Negócios do Evangelho Pleno (Adhonep) começa a embarcar no templo de Ciro Gomes. Pretende abrir no Rio o Comitê Evangélico Pró-Ciro, depois de montar centenas de comitês país afora para o candidato do PSB.
Perna curta
A maior preocupação da assessoria de Serra não é a pesquisa eleitoral, mas descobrir chutes do candidato Ciro Gomes. Se depender dos tucanos, o adversário vai se chamar Ciróquio... a mistura de Ciro com Pinóquio.
O jeito é relaxar
Depois de subir no palanque de Orestes Quércia, a quem chamava de "ladrão", Lula do PT agora acha que o acordo do Brasil com o FMI é "inevitável". "É o triunfo da máxima do estupro", ironiza um petista xiita.
Positivo inoperante
O policial que acusou Tim Lopes pelo próprio assassinato diz que o jornalista se arriscou demais, ao chegar perto do tráfico. Faltou dizer: "Devia fazer como a gente, que não mexe com bandido".
Leitura complicada
A mudança de atitude de George Bush, apoiando os emergentes em perigo da América do Sul, pode ser o sinal mais claro de que ele vai mesmo fazer guerra no Oriente Médio. Não dá pra ter tanto inimigo ao mesmo tempo.
Padrão de qualidad e
Depois de reclamar, sem cerimônia, das perguntas incômodas de William Bonner e Fátima Bernardes no "Jornal Nacional", José Serra reagiu mal às indagações da apresentadora Ana Paula Padrão no "Jornal da Globo", sobre preços do arroz e do feijão, que ele ignora. Serra detesta jornalistas independentes. Só gosta de elogios com ponto de interrogação no final.
Disque Embratolo
Um leitor caiu no conto do "Muito Mais 21" da Embratel: 300 minutos de DDD por R$ 79. Pagou R$ 111,43, com os impostos não informados ao trouxa que contrata o serviço. Ligações com menos de 1 minuto valem como tal, nem que se fale 20 segundos. Mistérios da matemática telefônica.
Pindaíba explicada
A Varig seguiu o exemplo da novata Gol e substituiu o telefone 0800, gratuito, pelo 0300 pago, até para reservas. O problema é que o cliente fica um tempão pendurado, à espera de atendimento, pagando pela ineficiência da empresa, até que alguém se digne a vender o bilhete.
FhC acusa ingratidão
FhC falou mal de Tasso Jereissati, ontem, durante sua conversa de duas horas com o senador Sérgio Machado, candidato ao governo cearense. O presidente disse ao desafeto de Tasso que o Ceará recebeu uma montanha de dinheiro nos últimos oito anos, mas a população não sabe que as obras foram do governo federal. E Tasso ainda apóia Ciro, inimigo nº 1 de FhC.
Poder sem Pudor
Botafoguense na corte
Na reabertura do Tribunal Superior do Trabalho, o ministro Wagner Pimenta saudou dois novos juízes, incluindo a carioca Maria Luíza Salaberry. Ele disse que, embora a juíza estivesse chegando agora ao TST, "pelos frutos conhece-se a árvore e conhecemos os frutos de seu trabalho no TRT do Rio". E brincou: "Uma mangueira não pode dar jacas". Outro ministro, Ronaldo Lopes Leal, levantou uma dúvida: seria a juíza, realmente, uma "mangueira"? Ou seria um "salgueiro"? Ela mesma esclareceu:
- Como carioca da gema, sou botafoguense e Império Serrano.
Editorial
PONTE PARA O PRÓXIMO GOVERNO
A austeridade praticada pelo governo Fernando Henrique em seu segundo mandato proporcionou ao País o reconhecimento da comunidade financeira internacional, traduzido na aprovação, pelo FMI, do novo acordo econômico. Com ele vêm recursos mais substanciais do que se imaginava e exigências menos duras quanto à forma de aplicá-los.
Os efeitos sobre a turbulência do mercado foram imediatos. O declínio espiral das cotações da moeda brasileira se deteve, por certo prazo, ao menos. Caso prosseguisse, determinaria inevitavelmente pressões inflacionárias, manutenção dos juros em patamares elevados, desestímulo à produção, incerteza e desemprego.
O sentido do acordo com o FMI, porém, não se esgota por aí. Torna-se evidente que essa composição constitui uma ponte para o próximo governo.
Embora não se tenha obtido adesão expressa dos candidatos oposicionistas, ninguém duvidará de que, tacitamente, esse apoio está dado. Nenhum dos principais candidatos abriu fogo contra os parâmetros do acordo e, dadas as condições da economia, torna-se improvável que o vencedor das eleições, seja quem for, venha a repudiá-lo, até porque US$ 24 bilhões, 80% do montante envolvido, só serão liberados em 2003. O acordo constitui, assim, uma garantia de estabilidade.
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08/09/2002
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