Sibá rebate críticas à contratação de 41 mil novos servidores federais



O senador Sibá Machado (PT-AC) rebateu nesta terça-feira (3) as críticas sofridas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva após anunciar a contratação de 41 mil servidores públicos por concurso público. Ele classificou como contraditório o posicionamento contrário ao concurso de alguns órgãos de imprensa, que até recentemente estariam veiculando matérias denunciando o avanço da biopirataria na Amazônia pela falta de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal. - Vou dar um exemplo bem ilustrativo porque o choro da oposição contra o concurso é absurdo. O Incra tem hoje 5.251 servidores distribuídos por 29 superintendências regionais. Desse total, 42% estão em vias de aposentadoria. Para se ter uma idéia do que isso significa, basta pensar que nos anos 80, quando o Incra tinha um terço das demandas que tem hoje por serviços de assentamentos, demarcação de áreas e assistência rural, tinha na época duas vezes mais funcionários que atualmente - afirmou Sibá Machado. Outro dado estatístico favorável à realização do concurso público, na avaliação do senador pelo Acre, é que no ano passado 18 mil servidores se aposentaram. Ele comparou que o número é quase três vezes maior que a média dos anos anteriores. Sibá lembrou ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o governo a gastar até no máximo 60% de sua receita com o pagamento de servidores públicos. Em 2003, informou, a União gastou com ativos e inativos apenas 31,2% e este índice deverá ser reduzido para 29%, já contabilizado o gasto com os novos concursados.

Em aparte, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) opinou que, ao abrir concursos públicos, o governo Lula pretende reforçar áreas importantes para o atendimento da população. Já o senador Tião Viana (PT-AC) comentou que o país não poderá melhorar a segurança pública e as ações de fiscalização sem o ingresso de novos servidores. Na mesma linha, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) analisou que o concurso contribuirá para o fortalecimento das instituições fiscalizadoras do Estado. Também favorável à decisão do governo, o senador Maguito Vilela (PMDB-GO) defendeu a contratação, o treinamento e a qualificação de funcionários para o Estado poder oferecer um melhor serviço à população.



03/02/2004

Agência Senado


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