Simon convoca PMDB para chegar ao 2º turno









Simon convoca PMDB para chegar ao 2º turno
O senador Pedro Simon irá intensificar sua participação na propaganda eleitoral de rádio e televisão do candidato Germano Rigotto, da União pelo Rio Grande, nos próximos dias. Sua principal tarefa será a de motivar e conclamar a militância do partido para os últimos dias da campanha eleitoral. 'Se o PMDB quiser, Rigotto irá para o 2O turno e ganhará a eleição', declarou neste sábado. Simon analisou as eleições para o governo do Estado, levando em conta o crescimento de Rigotto e as estruturas partidárias dos adversários. Na avaliação de Simon, além da forte organização do PMDB no Estado, Rigotto dispõe da militância, apontando que o seu poder de mobilização já foi comprovado em outras eleições e poderá fazer grande diferença nesta reta final da campanha. 'A hora é agora, o PMDB tem de ir às ruas se quiser eleger Rigotto ao governo e Odacir Klein ao Senado', convocou o senador.

Simon declarou que o crescimento da candidatura de Rigotto deve-se ao trabalho sério e de profundidade desenvolvido pelo candidato. 'Ele está mostrando que é capaz, competente e impressiona nos discursos que vem fazendo por todo o Rio Grande do Sul, pela honestidade e pela seriedade com que conduz a campanha', acrescentou. Simon não duvida que o candidato acabou com a polarização no Estado, 'colocando um ponto final no triste episódio de ataques e acusações mútuas que estava ocorrendo'.


Tarso elogia esforço de adversário
Tarso Genro, que concorre pela Frente Popular (PT-PCB-PC do B-PMN) ao Palácio Piratini, acredita que Germano Rigotto, da coligação União pelo Rio Grande, poderá não ter tempo de crescer mais nas pesquisas a fim de conseguir chegar ao 2º turno. 'Considero louvável o esforço de Rigotto. Acredito que o debate com ele seria de grande qualidade, mas as suas diferenças dos demais adversários começaram a aparecer tarde demais', argumentou. O candidato da Frente Popular afirmou que sua meta é ser eleito no 1º turno, mas, se isso não acontecer, ele não tem preferência por adversário. 'Nossa base é muito firme, por isso o concorrente no 2º turno não fará diferença', informou.

Sobre a reta final da campanha, Tarso declarou que a militância do PT que já tomou as ruas nos últimos dez dias com certeza irá ampliar a mobilização cada vez mais até 6 de outubro. 'Cada eleitor da Frente Popular é um representante oficial do nosso projeto de governo', ressaltou. Ele destacou a participação popular na administração, através do Orçamento Participativo, que envolveu milhares de gaúchos e permitiu transparência na gestão pública. Tarso destacou que sem vender patrimônio o governo do PT conseguiu diminuir o déficit primário, contratou pessoal, ampliou os serviços e garantiu índices de reajustes salariais para os servidores.

De acordo com o candidato, foram investidos cerca de R$ 3 bilhões a mais do que o governo anterior na área social, garantindo os 10% de recursos para a saúde e os 35% para a educação em todos os anos. 'Vamos continuar trabalhando para aumentar ainda mais o desenvolvimento e as conquistas já garantidas pelo primeiro mandato da Frente Popular', afirmou Tarso.


Jair promete valorizar servidores
Com a experiência de 50 anos na vida pública, o ex-governador do Estado e ex-ministro da Previdência Jair Soares retomou a atividade política neste ano, ao decidir concorrer a deputado estadual. Ele faz uma campanha voltada para a valorização do funcionalismo e do serviço público sem se esquecer do direito da propriedade e da livre iniciativa. Jair assegurou que, desde que foi governador, no período de 1983 a 1987, o servidor público só vem perdendo o que havia conquistado na sua gestão. Lembrou o piso mínimo do magistério de 2,5 salários mínimos concedidos no seu governo e que acabou nas administrações seguintes. Também citou a verticalização dos salários na Brigada Militar que também não existe mais.

Jair quer ser na Assembléia Legislativa o elo entre o servidor e o Estado, mantendo-se permanentemente em contato com as entidades dos servidores. Acrescentou que pretende utilizar a experiência que adquiriu no Ministério da Previdência para ajudar o Instituto de Previdência do Estado a resolver a séria crise que enfrenta.

O ex-governador defende a reversão do pensamento dos governantes em relação aos salários, dizendo que, ao contrário do que a maioria acha, quando é concedido aumento a economia como um todo começa a crescer. Jair acrescentou que, com uma boa renda mensal, o trabalhador gera mais impostos e aquece os segmentos produtivos do país. 'Reajuste de salário não significa provocar aumento da inflação, como ainda teimam em dizer', avaliou.


Tira-dúvidas dos eleitores
1. Quem não é obrigado a participar da votação?
Os eleitores entre 16 e 18 anos incompletos, quem tiver mais de 70 anos e os analfabetos.
2. Como o eleitor analfabeto poderá votar?
Se não souber assinar, será colhida a impressão digital na folha de votação. Esse eleitor precisa de treinamento para reconhecer algarismos e votar na urna eletrônica, poder digitar os números ou desenhá-los se ocorrer votação tradicional.
3. Como deverá proceder quem estiver viajando por território brasileiro no dia da eleição?
Deverá comparecer à seção eleitoral mais próxima para apresentar a justificativa, com formulário devidamente preenchido, e entregá-lo ao mesário, apresentando o seu título eleitoral ou o documento de identidade. Tal formulário estará à disposição até o dia da eleição, gratuitamente, na Central de Atendimento ao Eleitor, em Porto Alegre, e nos cartórios eleitorais do Interior.
4. Como proceder se não conseguir justificar no dia da eleição?
O eleitor que não justificar deverá apresentar em até 60 dias após cada um dos dois turnos a justificativa diretamente ao seu cartório eleitoral por meio de requerimento encaminhado ao juiz eleitoral.
5. É permitida a boca-de-urna?
Não, inclusive é considerado crime eleitoral distribuir material de propaganda política ou exercer qualquer outra forma de aliciamento, coação ou manifestação que tendem a influenciar a vontade do eleitor.
6. O que fazer quando verificar a existência de boca-de-urna?
Comunicar a Brigada Militar, que terá recebido orientação para proceder nesses casos.
7. Quem tem preferência (prioridade) para votar?
Em primeiro lugar, os candidatos. Depois, o juiz eleitoral, os juízes dos tribunais eleitorais e seus auxiliares de serviço, promotores públicos a serviço da Justiça Eleitoral, os policiais militares em serviço, os fiscais e os delegados de partidos com credencial. Também eleitores com mais de 65 anos, enfermos, deficientes físicos, mulheres grávidas e lactantes.
8. Quantos fiscais podem ficar na sala de votação? O que eles estão livres para fazer?
Podem ser nomeados até dois fiscais por partido ou coligação para cada mesa receptora de votos, mas apenas um de cada vez permanece na sala. Aos fiscais cabe formular protestos e impugnações, inclusive sobre a identidade do eleitor, sem interferir no andamento dos trabalhos.


Rigotto diz que ensino é aliado
O candidato ao governo do Estado pela União pelo Rio Grande (PMDB-PSDB-PHS), Germano Rigotto, afirmou neste sábado que programa de desenvolvimento regional deve envolver o ensino profissionalizante e as universidades. Segundo ele, a educação é responsável por alavancar as vocações regionais, estimulando os profissionais a agregar valor aos produtos agrícolas ou da indústria local. 'Na Fronteira Oeste, por exemplo, tradicional área de criação de gado, já temos o insumo couro. Por que não criar um pólo coureiro-calçadista também naquela área?', sugeriu o candidato.

Rigotto também prometeu entrar na guerra fiscal para atrair novos investimentos ao Estado sem esquecer a matriz produtiva de cada microrregião. Financiamentos do Banco do Brasil e do BNDES seriam utilizados para estimular a produção de zonas que hoje apresentam estagnação, ao lado de incentivos fiscais, como um Fundopem diferenciado por área. 'Cada uma das pequenas regiões terá projeto específico se eu for eleito.

Enfrentar a desigualdade regional não significa emperrar o desenvolvimento dos setores do Rio Grande do Sul que já são bem-sucedidos', declarou. Segundo o candidato da União pelo Rio Grande, um dos principais efeitos positivos do desenvolvimento regional, como propõe, seria a redução da migração dentro do Rio Grande do Sul, que gera bolsões de pobreza e de subabitação na periferia dos municípios economicamente mais fortes.


PT: economia dita social
O programa de governo do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, para a área social traz diagnóstico da situação atual e projeta metas das demandas. A concretização das políticas está relacionada ao crescimento da economia. O candidato declarou neste sábado que a necessidade é o ponto de partida para as propostas. O Projeto Fome Zero é um dos principais da área social e custaria R$ 18 bilhões. 'O combate à fome poderia gerar cerca de R$ 2,5 bilhões de impostos se incorporássemos ao consumo 44 milhões de pobres', disse Lula. O programa do partido também prevê o Plano Nacional de Reforma Agrária. Elaborado pelas partes envolvidas, não adianta prazos nem fontes de recursos.


Klein aposta na ação da militância
O candidato ao Senado pelo PMDB, Odacir Klein, afirmou neste sábado que o partido e os aliados devem definitivamente entrar em campo com toda a força para assegurar Germano Rigotto no 2º turno das eleições para o governo do Estado. Segundo ele, a militância já está na rua, mas é preciso intensificar o trabalho. 'É hora do corpo-a-corpo, das bandeiras e de intenso convencimento daqueles que ainda estão indecisos', conclamou Klein.


LIBERDADE
Jader Barbalho retoma neste domingo a campanha para deputado federal no Pará. O seu advogado, José Eduardo Alckmin, acredita que o ex-senador irá gozar da liberdade até as eleições. Lembrou que os candidatos não poderão ser presos até 48 horas após a votação, salvo em caso de flagrante. 'Não há a distinção do Código Eleitoral sobre o mandado ter sido expedido antes ou depois do período', esclareceu. A prisão de Jader havia sido decretada por acusação de envolvimento nos desvios da Sudam.


Final da campanha

TARSO GENRO:
Dia 30: showmício com Luiz Inácio Lula da Silva e a dupla Zezé Di Camargo e Luciano, na Capital. Local indefinido.
De 22 de setembro a 3 de outubro: comícios em 40 cidades. Os mais importantes são: Canoas (dia 22), Santa Cruz do Sul (dia 25), São Leopoldo, Canoas e Novo Hamburgo (dia 27), asso Fundo (dia 28), Pelotas e Rio Grande (dia 1O) e Caxias do Sul e Gravataí (dia 3).

GERMANO RIGOTTO:
Dia 27: comício em Porto Alegre. Deverá ser no largo Glênio Peres.
Demais dias: caminhadas e carreatas nas principais cidades do Interior e da região Metropolitana.

ANTÔNIO BRITTO:
De 22 de setembro a 3 de outubro: comícios, carreatas e caminhadas nos 30 maiores municípios gaúchos.

CELSO BERNARDI:
Dia 27 de setembro: showmício em Santa Maria com o grupo Matises.
29 de setembro: showmício em Porto Alegre, no anfiteatro Pôr-do-sol, com Gaúcho da Fronteira e Matises.
1º de outubro: showmício em Caxias do Sul com Gaúcho da Fronteira.3 de outubro: showmício em Santo Ângelo com grupos locais.


Emília acha que lei prejudicava taxista
O arquivamento pelo Senado do projeto de lei da Câmara nº 10 de 2002 foi comemorado neste sábado pela senadora Emília Fernandes, do PT, candidata à reeleição. Segundo ela, a proposta prejudicava o trabalho de milhares de taxistas brasileiros. Disse que trabalhou pela rejeição da matéria, que pretendia alterar o Código de Trânsito Brasileiro em relação à exploração e à condução de veículos de aluguel. Um dos prejuízos que o projeto traria, segundo a senadora, seria impedir que o taxista proprietário do veículo pudesse contar com auxiliar autônomo. Pela lei atual, um mesmo veículo pode circular durante as 24 horas. Para tanto, o permissionário é autorizado a ceder seu táxi.


Bernardi seguirá o Banco da Terra
Celso Bernardi, candidato do PPB ao Palácio Piratini, declarou neste sábado que a principal ação a respeito da questão da terra no seu governo será a municipalização da política agrária. Ele pretende seguir o modelo do Banco da Terra, em que a preferência na distribuição de lotes é de quem mora no município. Disse que tem propostas diferenciadas, como a redução de despesas, política salarial definida ao funcionalismo público e projeto de financiamento para os jovens abrirem seu primeiro negócio. 'Podemos fazer corte nos gastos públicos sem demitir ninguém, apenas gerenciando de forma adequada', disse ele, que pretende economizar R$ 600 milhões por ano no custeio da máquina estatal.


Agenda dos candidatos

DOMINGO
11 Celso Bernardi (PPB)
10h30min: Cambará do Sul. 11h: São Domingos do Sul. 13h: São Francisco de Paula. 15h30min: Canela.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
10h: Caçapava do Sul. 11h35min: Santa Maria. 15h: Tupanciretã. 18h30min: Canoas.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
10h30min: gravações programas rádio e TV. 16h: Campo Bom.
22 Aroldo Medina (PL-PSD)
9h: Santa Maria. 14h: Esteio. 20h: Canoas.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)

MANHÃ: Campo Bom. Tarde: Canoas e São Leopoldo.
40 Caleb de Oliveira (PSB)
14h: Pelotas. 21h: Rio Grande.


Definidos últimos atos do 1º turno
Candidatos ao governo do Estado farão showmícios e caminhadas para mobilizar os eleitores

O enredo final das campanhas para o 1º turno dos principais candidatos ao governo está definido. Showmícios em Porto Alegre e no Interior, além dos tradicionais comícios, estarão nos roteiros de Tarso Genro, Germano Rigotto, Celso Bernardi e Antônio Britto. Carreatas e caminhadas serão coadjuvantes na reta de chegada. A lei estipula dia 3 de outubro como último prazo para a realização de atos públicos. Na briga da sucessão presidencial, as agendas ainda estão sendo preenchidas por razões estratégicas. Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, deverá escolher o Ceará, e Anthony Garotinho, do PSB, está entre o Rio e São Paulo. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e José Serra da aliança PSDB-PMDB, definirão esta semana os movimentos finais.

A Frente Popular no Estado terá recurso nacional para atrair público. A dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, que integra a caravana da campanha de Lula, dividirá o palanque em Porto Alegre no dia 30 com o presidenciável. Tarso, o vice Miguel Rossetto e os candidatos ao Senado, Emília Fernandes e Paulo Paim, completarão o elenco principal da noite. Só falta definir o local. Os largos Glênio Peres e da Epatur, palcos históricos no encerramento das campanhas do PT, perderam a preferência pelo espaço. A expectativa é atrair mais de cem mil pessoas. O anfiteatro Pôr-do-sol está na mira da organização.

O palco à beira do rio Guaíba já foi reservado para um dos quatro showmícios de Celso Bernardi. No dia 29, ele discursará acompanhado de Gaúcho da Fronteira. Santa Maria, Caxias do Sul e Santo Ângelo, cidade natal do candidato, completarão o roteiro. Nas atividades, adotadas pelos comitês, a música fará o pré-aquecimento para a chegada dos candidatos.

Rigotto decidiu fazer um único comício na Capital dia 27 sem trilha sonora. As apostas do comitê da União pelo Rio Grande são as caminhadas e as carreatas no Interior. O s responsáveis pela coordenação dos roteiros apostam que são mais eficientes e não desmobilizam. A coligação Rio Grande em Primeiro Lugar adotará novo ritmo esta semana. Nelson Proença, da coordenação-geral, informou que comícios e caminhadas se concentrarão nas 30 maiores cidades. Está descartado um grande ato em Porto Alegre.


Rita busca voto em Santa Catarina
Durante a visita, destacou gestão de Serra na Saúde e realizações do governo federal no estado

A candidata à vice-presidência na chapa de José Serra, Rita Camata, intensificou durante toda a semana passada o seu roteiro de campanha. Na sexta-feira esteve em Florianópolis e destacou que 'Santa Catarina é muito importante para o projeto que temos voltado ao país. Por isso, precisamos somar o maior número de apoios', afirmou. No estado, os dois mais fortes candidatos ao governo, Esperidião Amin (PPB-PFL) e Luiz Henrique da Silveira (PMDB-PSDB) apóiam Serra. Em seu pronunciamento, Rita destacou a atuação de Serra como ministro da Saúde e lembrou as realizações em Santa Catarina. Entre as obras, apontou as duplicações das BRs 101 e 470, as conclusões da BR 282 e da Via Expressa Sul, em Florianópolis. De acordo com a candidata a vice, ela e Serra têm experiência para conduzir o país nos próximos quatro anos.

A chuva intensa mudou a programação de Rita em Santa Catarina. O avião em que ela estava não pôde decolar de Navegantes, o que atrasou a chegada à capital. Em vez da caminhada que estava prevista no calçadão da rua Felipe Schmidt, a organização optou por levar a candidata ao Mercado Público, onde foi abraçada e beijada por simpatizantes. Em algumas bancas de peixe, balconistas ensaiaram o coro de campanha do candidato do PMDB ao Senado, Casildo Maldaner, que acompanhava Rita com a esposa Ivone e a mulher de Luiz Henrique, Ivete.

Na Assembléia Legislativa, Rita foi recebida com entusiasmo por integrantes das bancadas dos dois partidos que apóiam a sua candidatura e a de Serra. Ela chegou a Florianópolis depois de passar por Balneário Camboriú e Blumenau. Depois seguiu para Tubarão.


Ataques aumentam no Paraná
A polarização entre Álvaro Dias, do PDT, e Roberto Requião, do PMDB, na disputa pelo governo do Paraná já começou a esquentar os programas do horário eleitoral gratuito e os e-mails enviados à imprensa pelas assessorias. Álvaro, que lidera as pesquisas, é o alvo preferencial dos ataques, que já chegaram a explorar até mesmo sua vida privada. Requião está em segundo.

Os adversários trouxeram à tona antigas imagens e discursos para desacreditar Álvaro junto ao eleitorado. Tudo indica que nas duas últimas semanas o nível da campanha vai baixar ainda mais, numa amostra do que poderá vir no 2O turno. As imagens do cantor Wando, que fazia campanha para Álvaro, distribuindo calcinhas e fazendo gracejos impublicáveis, ainda são exploradas pelos seus opositores.

Os partidários de Álvaro mostram imagens de Requião e sua voz dizendo que se aliaria até ao diabo. O candidato do PMDB afirmou que a sua fala foi retirada de conferência, quando citava discurso de Winston Churchill, que teria declarado que, caso Hitler invadisse o inferno, ele se aliaria ao diabo. Até agora, ambos não foram prejudicados nas pesquisas por esses ataques.

O governador do estado, Jaime Lerner, do PFL, incorporou-se à campanha de Beto Richa, do PSDB, terceiro colocado nas pesquisas, inclusive com pedido de licença do cargo. Lerner se afastou na tentativa de fazer com que o candidato tucano derrube um dos dois adversários para chegar ao 2º turno. Ainda é cedo para saber se a presença do governador na campanha irá ajudar. Com mais tempo de televisão, os coordenadores da campanha de Richa exploram ainda mais os ataques tanto a Álvaro quanto a Requião, ambos ex-governadores.


FHC e Olívio seguem rumo à vitória em 1998
O comício de encerramento do candidato do PT ao governo do Estado, Olívio Dutra, foi no Largo da Epatur, em 22 de outubro de 1998, faltando quatro dias para o 2O turno. As principais lideranças da Frente Popular, do PDT, do PPS e do PV estiveram no palanque participando do maior comício promovido em Porto Alegre na campanha daquele ano. O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, e o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foram as principais estrelas presentes ao ato. 'É a partir da vitória de Olívio que o país vai começar a mudar', afirmou Brizola, emocionado, que hoje é oposição ao governo. Lula já havia sido derrotado por Fernando Henrique Cardoso na corrida presidencial, mas dedicou a maior parte de sua agenda para a campanha do PT do Rio Grande do Sul.

O então candidato à reeleição, Fernando Henrique, encerrou a sua campanha no Paraná, mas o comício planejado para ocorrer na Boca Maldita, centro de Curitiba, foi transferido com apenas oito horas de antecedência. Ocorreu num galpão do Morumbi Expocenter, localizado na periferia da capital paranaense, em função da chuva. Estava prevista a participação de mais de 50 mil pessoas, mas a capacidade do galpão, de 10 mil, acabou prejudicando o evento que antecedeu a vitória de FHC.

A falta de comício de encerramento da campanha de Emília Fernandes, do PDT, no 1º turno, gerou protestos de alguns filiados. A então candidata ao Palácio Piratini subiu ao palanque no ato promovido pela Frente Popular em apoio à eleição de Olívio Dutra.


Artigos

Saber pensar
Jarbas Lima

O processo de aprendizado é o grande desafio da educação. Significa existência de estímulos, desejo de saber. Sem o estímulo, temos o conhecimento petrificado. Será um saber sem gosto, sem sabor. O saber verdadeiro provoca fascínio, agita a inteligência, mexe com as idéias, cria, inova, desbrava. A cabeça põe-se a pensar, num processo de encantamento. Aprendizado que não exige pensar é enfadonho, insosso, mecânico, alienante. Tudo é igual. O conhecimento chega envelhecido. Provoca descompasso entre a realidade e a educação. Os diplomas perdem a vida. Nutrimos no aprendizado eficiente um sentimento de conquista e afirmação.

Entre 30/8 e 1º/9 passados, num evento de excelente nível, professores e funcionários, um grupo de mais de 150 pessoas, da PUC-RS estiveram reunidos em Bento Gonçalves, dentro do projeto Reflexões. Por organização, competência dos palestrantes, trabalhos de grupo, eficiência da estrutura, convivência fraterna, arejamento dos debates, solidariedade e apoio dos dirigentes, por tudo, o evento foi um sucesso. Foi mais um testemunho de capacidade, ação de vanguarda, função social responsável dos maristas, sempre com simplicidade, sensíveis aos anseios da sociedade, que pede para 'aprender a aprender'.

Vivemos o naufrágio curricular, sob o peso dos conhecimentos. Não há aprendizado nem tempo. Decora-se. Acumulam-se inutilidades memorizadas, leis, teorias, princípios científicos. Decora-se tudo, sem preocupação com o significado. Fala-se de fatos e teorias, conhecimentos impróprios para o entendimento do mundo. Cultura de laudêmios, anticreses e enfiteuses, negando que educação é ensinar a ver e a pensar. Essas questões foram debatidas com nobre franqueza no Reflexões. Conhecimento é obra de reconstrução permanente. As necessidades sociais cobram. Conhecer não é copiar. Aprender é saber pensar. Fazer história. A PUC-RS não quer ser mercado de mapas antigos, mas bússola, conforme seus dirigentes. O cidadão integral não será obra da lógica linear neste mundo do conhecimento complexo, mas da criação, da construção pessoal, da originalidade sem susto, da visão transformadora. Professor é um libertador, não carcereiro. O encontro reafirmou que esse é o sonho dos maristas, do reitor Norberto Rauch e do vice Joaquim Clotet, representando os dirigentes e a instituição. Parabéns.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - A. Burd

À MODA ANTIGA
É possível campanha ao governo do Estado sem uso de avião? Com um único comitê em Porto Alegre e sem outros no Interior? Dá para ameaçar a polarização entre adversários com estruturas fortes? A candidatura de Germano Rigotto foi a última a se lançar e rompe com dogmas do estilo modernoso de conquistar votos. Usa sua própria caminhonete, é avesso ao estrelismo, corre por fora, não agride, tem rejeição mínima, dorme não mais do que quatro horas por noite e visitou 300 municípios. No 1º levantamento do Centro de Pesquisa Correio do Povo, a 15 de julho, tinha 3,9% e o líder, 33,4%. Agora, está com 16,1% na maior ascensão entre todos. Restam duas semanas para comprovar se campanha à moda antiga ainda funciona.

DIMINUIÇÃO
Estrategistas da Frente Popular querem que seja tirado pé do acelerador, diminuindo ataques a Antônio Britto para evitar o 2º turno com Germano Rigotto, a quem consideram adversário mais difícil.

VENENO
Semana será dedicada à preparação de fortes poções venenosas para aplicação nos últimos programas de propaganda em rádio e TV. Quer dizer, ataques cuja defesa se inviabilize pela falta de tempo.

ASCENSÃO E QUEDA
Até a metade de agosto, quando as pesquisas apontavam vitória de Ciro Gomes sobre Lula no 2º turno, os opostos queriam embarcar no mesmo ônibus. Antônio Carlos Magalhães e Leonel Brizola lado a lado. Jorge Bornhausen e Roberto Freire conversando animadamente no corredor. Chegaram a negociar a fusão entre PDT e PTB com a maior naturalidade. Tudo nas ondas do sucesso. Pois, de repente...

QUAL O INTERESSE?
Resultado de levantamento do Centro de Pesquisa Correio do Povo, realizado, quinta e sexta-feira, com 2.015 entrevistas em 68 municípios do Rio Grande do Sul: em relação às eleições deste ano, 18,2% estão muito interessados; 25,9% interessados; 36,4% pouco interessados; 18,6% nem um pouco interessados; e 0,9% não sabe ou não respondeu. O prestígio dos políticos já foi maior.

NÃO REQUER PRÁTICA
Há 40 partidos políticos inscritos no TSE. Olhando bem, é pouco. Se todos soubessem que a exigência para registro provisório não passa de 101 assinaturas em 13 estados...

RISCO FINAL
O último debate na TV entre os candidatos à Presidência está marcado para 3 de outubro. Será o equivalente a se equilibrar num fio entre edifícios a muitos metros altura.

DOS LEITORES
- Fátima Dornelles: 'Reforma tributária costuma soar como sinfonia nos ouvidos de tecnocratas e políticos. Para nós, que trabalhamos quatro meses por ano para pagar impostos, o som é estridente e prenuncia que a mordida aumentará'.

- Olga Konstantinos: 'Incrível como muitos ainda se deixam levar pelos encantos das promessas em período pré-eleitoral. Até quando?'.

- Valério Cardoso: 'Li que a Zona Franca de Manaus está produzindo um aparelho detector de mentiras. Quero acoplar um desses ao meu aparelho de TV com urgência, antes que termine a propaganda eleitoral'.

- Nanci Peixoto: 'Em nenhuma outra campanha candidatos foram tão produzidos na TV e em fotos de painéis como hoje. Estão sem rugas, olheiras ou manchas na pele. Que ninguém se iluda. Trata-se só da obra de modernos computadores'.

APARTES

Dias de segredos e redefinições.

Mundo acompanha neste domingo forte confronto entre sociais-democratas e conservadores na Alemanha.

Laboratório tucano procura alquimia para desfazer a estratégia denominada 'Lulinha paz e amor'.

Desagrada a Brizola a presença do cantor Wando em comícios do PDT do Paraná distribuindo peças íntimas.

Pela performance de alguns candidatos, só falta aparecer com foto na TV e anúncio: 'Procuro-me'.

O que arrecadadores de campanhas ouvem: 'Ajuda só no 2º turno'.

Assessores de Serra garimpam denúncias contra administrações do PT. Porto Alegre é uma escala.

Tem estrategista de campanha jogando tudo para cima, subindo na cadeira e decretando com voz grave: 'Agora, só apelando para ignorância'.

Deu no jornal: 'Eleição nas mãos de indecisos'. Valorizadíssimos.

O que tem de PP por aí... Entenda-se: é a sigla de partidos pragmáticos.


Editorial

PRESÍDIOS E FORÇAS ARMADAS

O colapso do sistema penitenciário, evidenciado pela realidade das chamadas cadeias de segurança máxima, que de segurança máxima só têm o rótulo e de onde criminosos da mais alta periculosidade continuam comandando quadrilhas que operam no tráfico de drogas e no contrabando de armas, está dando margem a um debate nacional sobre o problema. Entre as sugestões de solução emergencial pra acabar com a corrupção que facilita fugas e concorre para o ingresso de equipamentos eletrônicos e telefones celulares, além de drogas, nos presídios, a que mais chama a atenção é a que foi apresentada pelo desembargador Marcos Faver.

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio defende a entrega da administração dos presídios de segurança máxima às Forças Armadas. Com a idéia concorda também o presidente do Tribunal Superior de Justiça, Nilson Naves. É sabido, porém, que constitucionalmente não cabe às Forças Armadas administrar presídios, como igualmente a elas não está afeita a guarda de condenados pela Justiça, como está sendo aventado com a possibilidade de transferência do narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, responsável pela última rebelião no presídio de Bangu 1, para a Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, onde estão sediadas unidades da Marinha, inclusive o Comando do Corpo de Fuzileiros Navais.

Os apelos para que as Forças Armadas assumam um papel que não lhes cabe e para o qual não estão preparadas demonstram a enorme perplexidade de autoridades do Judiciário e do Executivo, diante da ousadia e do avanço do crime organizado em nosso país, cujos chefes de quadrilhas, condenados pela Justiça, fazem dos presídios sedes, com estrutura invejável, para afrontar a sociedade. Que se pretenda melhor equipar nossas Forças Armadas para o exercício de suas atividades constitucionais, como guarnecer fronteiras, portos e aeroportos, com o que estariam contribuindo para reduzir o narcotráfico e o contrabando de armas, é mais do que razoável. Agora, que a elas se peça a administração de presídios e a guarda de condenados pela Justiça é inaceitável. Esse papel cabe a organismos federais e estaduais que precisam, isso sim, de maiores recursos materiais e de mais apurada qualificação de pessoal para o exercício eficiente da função.


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09/22/2002


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