Simon: processo no Conselho já é de cassação
Simon disse que mais grave é a situação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) que, segundo Arruda, também teve conhecimento da lista de votação. "Tudo se iniciou com uma conversa dele (Antonio Carlos) com os procuradores, já confirmada pelo laudo da Unicamp", afirmou, dizendo esperar que o senador baiano também confesse que participação teve na violação do painel.
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) disse que o fato de Arruda ter admitido a fraude não deve evitar uma punição exemplar. "Todo senador que cometer um delito, chorar e se disser arrependido estará livre?", questionou. Jefferson lembrou que, na semana passada, Arruda fizera uma discurso desqualificando o depoimento da ex-diretora do Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (Prodasen), Regina Célia Borges. Mesmo sem adiantar uma posição sobre o assunto, o senador disse que o caso é passível de cassação. "Se não punirmos severamente não existirá mais um Senado e o povo não terá mais qualquer respeito por esta Casa", frisou.
A versão de Arruda de que Regina Célia teria agido por conta própria não teve acolhida junto à senadora Marina Silva (PT-AC). Ainda que isso seja verdade, sustentou a senadora, "a confissão não revoga a pena". Paulo Hartung (PPS-ES) disse que o discurso de Arruda trouxe aspectos positivos para o Senado e também para Arruda. "O discurso trouxe um fato positivo, que foi termos avançado no processo, mas falta agora o Senado fixar a pena para os envolvidos" comentou Hartung.
23/04/2001
Agência Senado
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