SUPLICY GARANTE QUE NÃO ASSINOU EMENDA DE VERBAS PARA O TRT DE SP
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez questão de esclarecer, em Plenário, que não assinou a emenda parlamentar concedendo verbas orçamentárias do exercício de 1998 para o término das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, conforme afirmou o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) durante a sessão secreta desta quarta-feira (28) que terminou na cassação do representante do Distrito Federal. - Ele mentiu quando disse que essa emenda coletiva da bancada de São Paulo continha a minha assinatura. Na verdade, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) e 60 deputados paulistas, inclusive minha esposa, Marta, assinaram a emenda, mas eu não. É evidente que nenhum dos parlamentares sabia que a obra estava sob suspeita de desvio de verbas públicas. Eles assinaram de boa fé - garantiu Suplicy.Para o senador por São Paulo, foram as mentiras de Estevão na CPI do Judiciário que levaram os senadores e decidir pela cassação do seu mandato. Suplicy revelou que todos os senadores sentiram o peso da responsabilidade de decidir pela perda do mandato de um senador que obteve 460 mil votos. Houve preocupação e tristeza, diante da gravidade da decisão tomada, afirmou. Segundo Suplicy, é bom que todos fiquem sabendo que o Senado é capaz de cassar o mandato de um senador, se ele não proceder corretamente. "O que esteve em jogo foi a decisão de Estevão de, na CPI, afirmar que não mantinha relações de negócios com a Ikal, fato que mais tarde foi sobejamente desmentido", concluiu.Em apartes, os senadores Ramez Tebet (PMDB-MS) e Gerson Camata (PMDB-ES) afirmaram que parlamentares assinam emendas coletivas ao orçamento da União, para favorecer seus estados, sempre na convicção de que se trata de uma obra legítima.
28/06/2000
Agência Senado
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