Taleban ignora ameaças de Bush



Taleban ignora ameaças de Bush O Teleban rejeitou o ultimato dado pelo presidente George W. Bush em discurso ao Congresso norte-americano para que entregue o terrorista Osama bin Laden. As possibilidades de extradição estão praticamente eliminadas. A milícia islâmica, que controla a maior parte do Afeganistão, também afirmou não saber a localização exata de Bin Laden, acusado de orquestrar os atentados terroristas de 11 de setembro contra os EUA. "Se os americanos têm evidência (da participação de Bin Laden), devem apresenta-la", afirmou o embaixador do Taleban no Paquistão, Abdul Salam Zaeef. Sem isso, a exigência não será atendida. O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, rebateu: "O presidente Bush deixou claras suas condições. Não haverá discussões nem negociações". Pesquisa feita após o discurso de Bush de anteontem à noite revela que 90% dos EUA aprovam o desempenho do presidente ante a crise. Nove em cada dez americanos também apóiam uma ação militar contra grupos terroristas ou países que os abriguem. Os EUA enviaram mais aviões para reforçar a força de ataque no Golfo Pérsico e no Oceano Índico em uma eventual ação contra o Afeganistão. A União Européia classificou como "legítima" uma resposta aos atentados, mas defende que ela seja realizada sob a égide da ONU, com alvos "bem definidos". (pág. 1 e cad. especial Guerra na América) * (Peshawar) - Pelo menos quatro pessoas morreram e dezenas foram presas, quando milhares de manifestantes em todo o Paquistão protestaram contra a decisão de seu presidente, general Pervez Musharraf, de ajudar os Estados Unidos em sua busca pelo terrorista Osama bin Laden. (pág. 1 e cad. especial, pág. 3) * O diretor do FBI (polícia federal dos EUA), Robert Mueller, reconheceu que há dúvida sobre a identidade de alguns dos 19 listados como seqüestradores dos aviões usados em atentados na semana passada. Autoridades de países árabes dizem que alguns dos identificados estão vivos e morando fora dos EUA. Pode ter havido erro, por exemplo, em transliteração de nomes. (pág. 1 e cad. especial, pág. 7) * Os EUA terão de optar entre o domínio da lei e o domínio da força na reação aos atentados da semana passada. É o que disse Avram Noam Chomsky, 71, professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e um dos principais críticos da política dos EUA, em entrevista a Paulo Daniel Farah. (pág. 1 e cad. especial, pág. 8) * A expectativa de redução drástica de investimentos no Brasil - em razão da freada da economia mundial, agravada pela possibilidade de guerra - levou o dólar a subir 2,64%, para o valor recorde de R$ 2,835. Durante o dia, o Banco Central tentou conter a disparada da moeda americana vendendo, em seis leilões, R$ 2,981 bilhões em títulos corrigidos pelo câmbio. Desde o atentado nos EUA, o dólar subiu 8,8%. No início da noite, o BC decidiu reduzir em R$ 10 bilhões o dinheiro disponível no mercado, recolhendo dos bancos 10% dos depósitos a prazo. A medida, recessiva, busca reduzir a pressão sobre o dólar. A Bolsa de Nova York teve a pior semana desde 33. O valor das ações caiu US$ 1,38 trilhão, quase três vezes o PIB brasileiro. Para operadores, os EUA já vivem recessão, informa Fernando Rodrigues. (pág. 1 e cad. Dinheiro) Editorial "A nova Lei das S.A" O Senado aprovou nesta semana a nova Lei das S.A. A votação foi unânime, o que traz algum alento para as perspectivas das Bolsas de Valores no Brasil. O mercado de capitais é internacionalmente uma das mais poderosas fontes de financiamento de longo prazo. Entretanto, para atrair maciçamente pequenos investidores - que desejam alternativas para aplicação de seus recursos - é preciso ter regras bem definidas que lhes inspirem confiança. (...) (pág. A2) Colunistas Painel O PFL decidiu intensificar a pressão pela cassação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O partido não engoliu a eleição de Ramez Tebet (PMDB-MS), inimigo de ACM, para a presidência do Senado. Para aumentar a carga sobre Jader Barbalho, o PFL vai cobrar uma ação mais efetiva do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, nas investigações sobre o peemedebista do Pará. Brindeiro, é afilhado político do vice Marco Maciel (PFL). Alerta irônico de um membro do Conselho de Ética sobre a operação deflagrada pelo PMDB para tentar salvar o mandato de Jader Barbalho: "Para atrasar o processo, é capaz de Ramez Tebet (novo presidente do Senado) pedir depoimento até de Osama bin Laden". (pág. A4) Topo da página

09/22/2001


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